Chanceler russo liga ataques ao metrô a militantes afegãos

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que militantes que operam na fronteira do Afeganistão com o Paquistão podem ter ajudado a organizar os ataques suicidas que mataram ao menos 38 pessoas no metrô de Moscou nesta segunda-feira, informou a agência de notícias Interfax. O chanceler russo não mencionou especificamente a Al Qaeda, […]

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O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que militantes que operam na fronteira do Afeganistão com o Paquistão podem ter ajudado a organizar os ataques suicidas que mataram ao menos 38 pessoas no metrô de Moscou nesta segunda-feira, informou a agência de notícias Interfax.

O chanceler russo não mencionou especificamente a Al Qaeda, mas disse que as atacantes podem ter tido ligações com militantes na fronteira do Afeganistão com o Paquistão, onde atuam militantes da Al Qaeda, bem como insurgentes da milícia radical islâmica Taleban.

Duas mulheres-bomba cometeram os atentados em estações de metrô de Moscou no horário de pico, nesta segunda-feira. Ambas, provavelmente, tinham ligações com a região Norte do Cáucaso, centro de insurgência islâmica contra o governo russo, disse o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB).

Alguns oficiais russos afirmaram que os insurgentes no Cáucaso Norte, que inclui Tchetchênia, Inguchétia e Daguestão, têm ligações com o grupo terrorista islâmico Al Qaeda, mas muitos analistas refutaram essa alegação.

Perguntado se poderia haver algum envolvimento estrangeiro nos ataques, Lavrov disse “não excluir essa possibilidade”, segundo a agência Interfax.

“Nós todos sabemos que a fronteira do Afeganistão com o Paquistão, na chamada terra de ninguém, o subterrâneo terrorista é muito bem estabelecido”, disse Lavrov, de acordo com a agência.

“Sabemos que muitas pessoas lá ativamente planejam ataques, não apenas no Afeganistão, mas também em outros países. Algumas vezes os rastros levam ao Cáucaso”, disse.

Ataques

O primeiro atentado desta segunda-feira aconteceu às 7h57 (0h57 no horário de Brasília) em um vagão parado na estação Lubianka. A Praça Lubianka abriga a sede do FSB, sucessor da KGB soviética, que neste edifício interrogava e eliminava os dissidentes durante as punições da então União Soviética.

O segundo atentado foi executado na estação Park Kultury, na mesma linha do metrô, às 8h40 (1h40 no horário de Brasília). A estação fica próxima ao Parque Gorky.

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