Cassems deve implantar clínica para dependentes químicos
A Caixa de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul (Cassems) estuda a implantação de uma clínica para atender os dependentes químicos associados ao plano estadual. “O projeto está em fase de elaboração”, segundo confirmou o diretor-presidente da Cassems Ricardo Ayache, durante palestra realizada hoje (30) de manhã, no Centro de […]
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A Caixa de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul (Cassems) estuda a implantação de uma clínica para atender os dependentes químicos associados ao plano estadual. “O projeto está em fase de elaboração”, segundo confirmou o diretor-presidente da Cassems Ricardo Ayache, durante palestra realizada hoje (30) de manhã, no Centro de Convenções Rubem Gil de Camilo, no Fórum de Recursos Humanos realizado pela Secretaria de Administração do Estado.
O evento teve início ontem e termina hoje com a proposta de discutir a “Dependência Química nas Relações de Trabalho”, com participação dos servidores públicos estaduais. A palestra proferida pelo médico que preside a Cassems abordou a dependência química na visão do plano de saúde.
Para o cardiologista, a dependência química deve ser encarada como doença. “Devemos tratar como a pressão alta, infarto ou diabetes”, disse Ricardo ressaltando que muitas vezes o problema é visto pela sociedade de forma preconceituosa ou até omitido pela família. “Existem casos em que os familiares se negam a aceitar o problema e levam anos para se conscientizar”, lembrou.
A preocupação com o aumento do uso de substâncias químicas é justificada com o resultado de pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde. Conforme levantamento realizado em 2004 nas capitais do Centro-Oeste, Campo Grande ocupa o segundo lugar no consumo de álcool, tabaco e cocaína. Em comparação com o restante do país, a capital sul-mato-grossense está na terceira posição quanto ao número de fumantes.
Uma pesquisa realizada em 2008 constatou que 17,7% da população de Mato Grosso do Sul são dependentes do cigarro. Os dados epidemiológicos do Ministério da Saúde apontam que 20% da população brasileira fazem uso de algum tipo de droga e o consumo tem aumentado na faixa etária mais baixa. Entre 2001 e 2005 o número de jovens no Brasil que consomem bebida alcoólica aumentou de 5,2% para 7,1%, o que preocupa as autoridades.
De acordo com Ayache é raro o caso em que o paciente assume que é alcoólatra. “É muito tênue a linha entre consumo social e alcoolismo”, diz o médico. Para tratar casos de dependência química e outros transtornos de saúde a Caixa de Assistência do Estado oferece atendimento de psicólogos, psiquiatras e educadores físico aos 150 mil associados. Além do tratamento a Cassems também promove programa de prevenção de doenças que atende as secretarias e órgãos vinculados a administração estadual.
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