Brasiguaios têm até amanhã para sair da margem da BR-163
As mais de 600 famílias de sem-terra, que ocupam os espaços laterais entre os quilômetros 96 e 97 da rodovia BR-163, terão que se mudar. É uma imposição da Justiça Federal e uma determinação do juiz Joaquim Eurípedes Alves Pinto. Ele atende ao pedido do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), que está ampliando […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
As mais de 600 famílias de sem-terra, que ocupam os espaços laterais entre os quilômetros 96 e 97 da rodovia BR-163, terão que se mudar. É uma imposição da Justiça Federal e uma determinação do juiz Joaquim Eurípedes Alves Pinto. Ele atende ao pedido do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), que está ampliando a largura da rodovia. O prazo dado é de 30 dias e termina no dia 18 de novembro. O prazo foi estipulado em audiência de conciliação realizada recentemente, em Naviraí.
Os brasiguaios (colonos brasileiros expulsos de terras paraguaias) ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST), deverão desmontar o acampamento Antônio Irmão e deverão ser transferidos para uma área de cerca de dez hectares, próximo a um posto de saúde. Lá, eles receberão condições de continuar educando seus filhos em escola, com o reconhecimento oficial.
Os sem-terra devem ser fixados em caráter ainda provisório, no lote 578 do complexo de quatro proejetos de assentamentos da antiga fazenda Santo Antônio. O Incra está cadastrando as famílias do acampamento Antônio Irmão e já procura uma área para fazer o assentamento definitivo dos “brasiguaios”, pois a área escolhida faz parte do complexo de quatro assentamentos do complexo Santo Antônio e eles estarão lá em condição provisória.
Liderança do MST em Mato Grosso do Sul, Egídio Brunetto criticou a decisão da Justiça. “A forma é truculenta. Eles estão somente às margens da rodovia”, afirmou.
Uma verdadeira cidade foi erguida às margens da BR-163. Fugitivos da violência no Paraguai, centenas de famílias moram debaixo de lonas em situações precárias e se tornaram um problema para Itaquiraí, que tem 17 mil habitantes e estrutura limitada.
Na reunião presidida pelo juiz federal Joaquim Alves Pinto, em Naviraí, ficou pactuado e determinado que o Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Trânsito (Dnit) será responsável pelo transporte da mudança de pessoas e seus pertences.
A Ouvidoria Agrária Federal ligada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deve fazer a doação das lonas (com metragem a ser calculada), o MST autoriza o Incra a fazer o cadastramento das famílias para ser estabelecida a quantidade de cestas básicas a ser distribuidas mensalmente (através do programa Fome Zero), a escola de primeiro ao quinto ano deve ser garantida pela Prefeitura de Itaquiraí, o governo federal deve dar condições para que o posto de saúde que serve quatro assentamentos rurais possa ter ampliado o número de equipamentos, remédios e atendentes no Posto de Saúde, e governo estadual deve ser responsável pela implantação dos programas e ações preventivas de saúde.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Moradores vivem com lamaçal e enxurradas nas crateras em ruas do Noroeste a cada chuva
Crateras e enxurradas causadas pelas precipitações
Governo anuncia liberação de R$ 7,66 bilhões em emendas para a próxima 2ª
O texto abriu prazo até 31 de dezembro para os beneficiários das “emendas Pix”
VÍDEO: sem horas extras de policiais penais, presídios já deixam de receber visitas
Conforme servidores, o vídeo demonstra a situação de apenas uma unidade
Ex-superintendente lutou com adolescente pra tentar se defender de ser assassinado: O que se sabe
Depois de entrar na casa, adolescente demorou cerca de 1h30 para matar Roberto Figueiredo
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.