Bolsas europeias fecham no maior nível em quase 2 anos

As bolsas europeias encerraram em alta, o que levou os principais índices às máximas de quase dois anos. A atenção dos investidores esteve voltada para a cúpula da União Europeia, que começou hoje e deve terminar amanhã em Bruxelas. Eles procuraram por sinais de um iminente pacote de socorro à Grécia, especialmente depois que os […]

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As bolsas europeias encerraram em alta, o que levou os principais índices às máximas de quase dois anos. A atenção dos investidores esteve voltada para a cúpula da União Europeia, que começou hoje e deve terminar amanhã em Bruxelas. Eles procuraram por sinais de um iminente pacote de socorro à Grécia, especialmente depois que os governos da Alemanha e da França parecem dispostos a chegar a um acordo sobre uma ajuda conjunta entre a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Também colaboraram para o desempenho das bolsas os sinais de que o Banco Central Europeu (BCE) vai manter seu apoio ao empréstimo da Grécia no ano que vem e os balanços corporativos da Next e da Air Berlin.

Em Londres, o índice FT-100 subiu 49,77 pontos (0,88%) e fechou com 5.727,65 pontos, a máxima em 21 meses. Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 93,95 pontos (1,56%) e fechou com 6.132,95 pontos, maior patamar em 18 meses. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 50,67 pontos (1,28%) e fechou com 4.000,48 pontos. Foi a primeira vez que o índice francês superou a marca dos 4.000 pontos desde o dia 19 de janeiro.

O índice Stoxx Europe 600 subiu 1%, para 264,68 pontos, fechando num patamar que não era visto desde setembro de 2008.

Os investidores não puderem medir o impacto das discussões nos mercados de ações grego, que estava fechado devido a um feriado no país. Ainda assim, as ações dos bancos gregos podem subir quando a bolsa for reaberta, tendo em vista as declarações do Banco Central Europeu de que vai continuar aceitando bônus com rating BBB- como garantia no próximo ano.

As ações das instituições financeiras registram altas. O Standard Chartered subiu 2,7% e o HSBC Holdings avançou 3%.

Também colaborou para diminuir as preocupações dos investidores sobre as dívidas soberanas a notícia de que o governo de Dubai vai transferir cerca de US$ 9,5 bilhões para o conglomerado estatal Dubai World e seu braço imobiliário Nakheel e, ao mesmo tempo, oferecer aos credores o total pagamento de suas dívidas.

As empresas de serviços públicos registraram um forte desempenho. As ações da E.On avançaram 1,9%. A United Utilities subiu 2,8%, depois de a empresa dizer que está no caminho de registrar um bom resultado no ano fiscal.

A varejista britânica Next subiu 5%, depois de anunciar que seu lucro aumentou para 364,1 milhões de libras no atual ano fiscal, de 302,4 milhões de libras no ano fiscal passado. Os resultados antecederam a notícia de que as vendas globais da empresa registraram uma alta mais forte do que o esperado em fevereiro, de 2,1%, em comparação com o aumento de 1,7% previsto anteriormente.

A cadeia britânica de lojas de departamento Marks & Spencer avançou 1,9%. A Inditex, que possui 91 lojas no Reino Unido, subiu 1,7%, e a Hennes & Mauritz, dona de 167 lojas no país, ganhou 1,6%.

Os papeis da Air Berlin registraram alta de 4,4%, depois de a empresa informar que reduziu seu prejuízo para 9,5 milhões de euros (US$ 12,6 milhões) no atual ano fiscal, de 83,5 milhões de euros no ano fiscal anterior.

Entre as montadoras, a Renault subiu 5,1%, enquanto a Daimler ganhou 1,5%. As montadoras estão perto de fechar um acordo para obter participações minoritárias simbólicas em cada uma das empresas, afirmou o Financial Times, citando pessoas próximas ao negócio. As informações são da Dow Jones.

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