Avó de menino morto pela mãe tentou guarda da criança no Conselho Tutelar de Corumbá
Sheila Toledo disse que via a filha maltratar a criança de um ano, assassinada com oito facadas; mãe e namorado foram detidos como autores do crime ocorrido em bairro de Corumbá
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Sheila Toledo disse que via a filha maltratar a criança de um ano, assassinada com oito facadas; mãe e namorado foram detidos como autores do crime ocorrido em bairro de Corumbá
Mãe da adolescente de 15 anos de idade que ajudou a matar o próprio filho de um ano e um mês na madrugada de domingo, em Corumbá, disse que a filha maltratava a criança e ela havia buscado o Conselho Tutelar do município para tentar ficar com a guarda do neto, informou o Diário Online. O crime comoveu a cidade. O corpo da criança seria enterrado hoje pela manhã no cemitério Nelson Chamma..
De acordo com a polícia local o menino Marcos Antônio Toledo de Almeida foi morto com oito facadas, duas delas desferidas pela mãe e outras seis aplicadas por Claudinei da Silva Cruz, de 19 anos de idade, que seria o namorado da adolescente. Eles teriam planejado o crime para fugir da cidade e o garotinho seria um estorvo ao casal.
O crime ocorreu numa das ruas do bairro Cristo Redentor, um dos mais populosos de Corumbá.
No velório, a reportagem do “diarionline” conversou com Sheila Toledo, mãe da adolescente e avó de Marcos. Ela disse que desconfiava de que a filha mentia sobre a autoria do crime.
“Na noite do assassinato, os policiais bateram em minha porta por volta da meia-noite, e acompanhada de um policial minha filha sentou ao meu lado na cama e acusou o Claudinei de ter matado o bebê. Mas eu desconfiei, porque ela não chorava, nem olhava em meus olhos, ela não me encarou um minuto. Meu coração sabia que ela estava mentindo, mas como eu a acusaria? Sou mãe e não consegui fazer isso”, contou muito a avó muito emocionada.
Questionada pelo site corumbaense sobre o relacionamento que a filha tinha com o bebê, Sheila confessou que ela frequentemente maltratava a criança. “O ano passado, procurei o Conselho Tutelar para pedir a guarda para mim. Eu ficava com ele a maior parte do tempo e era eu quem o cuidava. Ela não queria cuidar, mas também não queria me dar. Ela falava alto com a criança, se irritava facilmente. Não suportava ver o modo como ela tratava o Marcos. Dava dó, porque ele era muito carinhoso com ela. Já ela, parece que se sentia incomodada com a presença dele”, contou a avó materna do garoto.
“Os conselheiros (tutelares) me disseram que não poderiam tirar a guarda dela, porque ela era a mãe e ela teria que cuidar do bebê. O problema era que ela não queria cuidar e sentia ciúmes do pouco carinho que eu dava ao meu neto”, afirmou.
A mãe espera que a filha reflita sobre o que fez e que pense muito no que realmente quer fazer da vida. “Quero que ela pense no que perdeu. Sei que sou o único apoio dela. Não entendo o que ela fez, mas sou mãe e estarei aqui quando ela sair”, afirmou Sheila Toledo.
Durante o velório, uma pequena confusão foi causada pelo padrasto da adolescente, que chegou a falar mal quem compareceu à cerimônia para prestar homenagens ao pequeno Marcos. A Polícia foi acionada e foi até o local. O acusado, que causou a confusão, já tinha ido embora. (com informações do Diarionline)
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