Avião reserva de Lula traz grupo de brasileiros do Chile

Um avião reserva da FAB (Força Aérea Brasiliera) que acompanhava a aeronave do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe 30 brasileiros que estavam no Chile de volta ao Brasil, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty na noite desta segunda-feira. Segundo o Itamaraty, após verificar-se que havia lugares vagos no voo, foi decidido que […]

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Um avião reserva da FAB (Força Aérea Brasiliera) que acompanhava a aeronave do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe 30 brasileiros que estavam no Chile de volta ao Brasil, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty na noite desta segunda-feira.

Segundo o Itamaraty, após verificar-se que havia lugares vagos no voo, foi decidido que o grupo de brasileiros poderia embarcar na aeronave. Segundo o Itamaraty, foi dada prioridade a idosos, gestantes e crianças. Escritores que participavam de um congresso de literatura no Chile também embarcaram no avião da FAB.

A assessoria do Ministério não soube informar o horário de chegada do voo, que deve chegar na madrugada desta terça-feira ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).

Lula, que chegou ao Chile após assistir à posse de José Mujica em Montevidéu, teve um rápido encontro com a presidente chilena, Michelle Bachelet, para expressar suas condolências e a solidariedade das autoridades e do povo brasileiro, além de ajudar na coordenação da ajuda humanitária.

“O Brasil fará tudo ao seu alcance para que o povo do Chile sofra o menos possível com esta catástrofe”, disse Lula, após reunir-se com Bachelet. “O que nós sabemos é que vai ser difícil reconstruir tudo o que foi destruído, mas o povo chileno já está acostumado com isso”, disse ainda Lula a jornalistas ao lado da colega chilena, no aeroporto de Santiago.

Segundo o presidente, não há informações de brasileiros vítimas do tremor. Ele acrescentou que a embaixada brasileira seguirá “atenta”.

“Quero agradecer ao presidente Lula, que demonstra mais uma vez que é um grande líder mundial e da América Latina, e um grande amigo do Chile”, afirmou Bachelet.

Tragédia

O governo do Chile aumentou para 723 o número de mortos e para 19 o de desaparecidos no terremoto de 8,8 graus na escala Richter, que atingiu parte do país na madrugada de sábado.

Além dos mortos, cerca de 500 mil casas foram destruídas, de acordo com a presidente. “Estamos enfrentando uma catástrofe gigantesca, que irá exigir um esforço de recuperação gigantesco”, disse Bachelet, após encontro com ministros e militares no palácio La Moneda.

A capital Santiago, a cerca de 320 quilômetros do epicentro, foi atingida duramente pelo sismo. O aeroporto internacional está fechado por a menos 24 horas uma vez que o terremoto destruiu calçadas e quebrou vidros de portas e janelas.

Segundo a polícia, mais de cem pessoas morreram em Concepcion, a maior cidade da área próxima do epicentro, com cerca de 200 mil habitantes. Muitas ruas da cidade ficaram cobertas de escombros, e centenas de detentos escaparam da penitenciária após o tremor.

Em 1960, o Chile foi atingido por um terremoto de magnitude 9,5, um dos mais fortes já registrados. O tremor devastou a cidade de Valdivia, matou 1.655 pessoas e causou um tsunami que atingiu a Ilha da Páscoa, distante 3.700 quilômetros da costa chilena. A onda continuou e chegou ao Havaí, Japão e Filipinas. As ondas que chegaram nas Filipinas demoraram cerca de 24 horas para atingir o país.

O terremoto deste sábado foi sentido em São Paulo e também nas Províncias argentinas de Mendoza e San Juan. Uma série de abalos subsequentes atingiram a região costeira do Chile.

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