Assustados, moradores de Corumbá contabilizam prejuízos

“Estava no segundo andar de casa quando vi uma espécie de redemoinho vindo em direção à minha casa. Apenas reuni minha família e esperei”, contou ao Diário o comerciante Jorge Rodrigues da Conceição, 55 anos, que mora na parte alta da cidade, no bairro Nova Corumbá, ao contabilizar os estragos causados pelo temporal do final […]

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“Estava no segundo andar de casa quando vi uma espécie de redemoinho vindo em direção à minha casa. Apenas reuni minha família e esperei”, contou ao Diário o comerciante Jorge Rodrigues da Conceição, 55 anos, que mora na parte alta da cidade, no bairro Nova Corumbá, ao contabilizar os estragos causados pelo temporal do final de noite deste domingo, 26 de setembro.

“Era a vontade de todos que chovesse, pois o clima seco estava castigando toda a população, mas não esperávamos que seria nesta proporção. Foi uma chuva rápida, mas que durou o suficiente para realizar vários estragos. Estava com toda a minha família no andar de cima da casa, quando resolvemos olhar pela janela. Ficamos muito assustados, pois vimos uma espécie de redemoinho vindo em direção à nossa casa. Nos afastamos da janela, ficamos todos juntos, as crianças ficaram assustadas e apenas esperamos. Foi um barulho muito grande. Quando a chuva acalmou, fui verificar e percebi que grande parte das telhas tinha caído. Calculo que foram cerca de 300 telhas, um prejuízo de cerca de mil reais”, calculou o comerciante Jorge Rodrigues.

Perto da casa do comerciante, uma igreja também sofreu com a tempestade. Na Igreja Assembleia de Deus, a perda foi principalmente para as crianças e os jovens, que tiveram três locais de estudo atingidos. “Perdemos três salas dominicais, onde as crianças e os jovens assistiam a palestras e faziam estudo bíblico. É uma perda que nem consigo calcular. Para erguemos essas três salas foram necessárias seis promoções. Agora, é continuarmos confiando em Deus”, disse o pastor Irã Alvarenga.

Pelas ruas, de Corumbá e Ladário, o cenário era de árvores arrancadas pelas raiz; pedaços de galho de árvore impediam o tráfego; placas de propagandas arrancadas e caídas pelas ruas. Pessoas se aglomeravam na frente das casas tentando entender o que havia ocorrido e com as vassouras nas mãos limpando a sujeira e retomando a rotina diária.

Na Escola Municipal Delcídio do Amaral, uma árvore – com mais de 50 anos – caiu sobre os fios telefônicos. Algumas salas de aula foram tomadas pela água, mas nem isso atrasou o dia dos estudantes. “Apesar de toda a sujeira na escola, com muitas folhas, lixo trazido pelo vento, pela árvore caída e às demais adversidades, as aulas ocorrem normalmente, contando principalmente com o auxílio dos funcionários da limpeza, que não mediram esforços para organizar todo o prédio e proporcionar um lugar limpo e seguro às crianças”, contou ao Diário a diretora da escola municipal Delcídio do Amaral, Elizabeth Araújo de Freitas.

A última chuva que caiu em Corumbá, segundo registros da FAB, foi dia 12 de julho. As previsões climáticas marcavam que este final de semana, 25 e 26 de setembro, seria de chuvas. A chuva deste domingo, 26 de setembro, teve duração total de cinco horas, contando a precipitação da tarde de ontem e a que ocorreu entre o final da noite e início da madrugada. Neste período, o volume pluviométrico foi de 13,3 milímetros, segundo dados da FAB. Os ventos atingiram a 125 quilômetros horários (68 nós), o suficiente para destelhar casas, derrubar obras, árvores e postes de energia. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br). Fonte: Diarionline / Diário Corumbaense

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