Assassinato de adolescente indica crime passional

“Que Deus tenha dó dele. Se fez isso com minha filha e a polícia não prendê-lo, vai fazer com as filhas de outras pessoas”, diz a mãe de Thatyane Rocha, 16. Jovem foi morta com um tiro na testa após reatar com o namorado, principal suspeito desaparecido

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“Que Deus tenha dó dele. Se fez isso com minha filha e a polícia não prendê-lo, vai fazer com as filhas de outras pessoas”, diz a mãe de Thatyane Rocha, 16. Jovem foi morta com um tiro na testa após reatar com o namorado, principal suspeito desaparecido

Foram quatro meses de namoro. Thatyane Romeiro, 16 , segunda filha de uma família de nove irmãos, viveu uma relação turbulenta com o namorado, o operário E.M.L., 25.

No ano passado, ela perdeu o pai vítima de latrocínio em Campo Grande. A jovem vivia com a mãe, a dona de casa Marlene Romeiro Rocha, na divisa do Bairro Nova Lima com o Jardim Anache. O mesmo local onde o corpo da adolescente foi velado.

“Eles namoraram quatro meses e terminaram há três. Nunca me meti. Da última vez, ele veio aqui na quinta (9) para levar minha filha. Eu pedi pra ela não ir, mas ela disse que ia dar uma chance para ele”.

Na madrugada de domingo (11), a jovem foi encontrada morta com um tiro na testa no cruzamento das ruas Colombo com Estevão de Mendonça, na Vila Nasser, na mesma região onde o casal morava, no Jardim Cerejeira. O namorado é o principal suspeito.

“Se não fosse ele, estaria aqui no velório”, disse a mãe. “Que Deus tenha dó dele. Se fez isso com minha filha e a polícia não prendê-lo, vai fazer com as filhas de outras pessoas”.

O rapaz está sendo procurado, mas até o momento não foi encontrado pela polícia. Ele tinha contra si denúncias por tráfico, desacato, porte de arma e violência doméstica.

O corpo foi sepultado no Cemitério do Cruzeiro, na Avenida Coronel Antonino, saída para Cuiabá.

Na saída do cortejo, uma vizinha aflita disse: “gente, parece que está na ‘moda’ matar mulher”. Na última semana, os noticiários foram tomados com informações sobre Eliza Samúdio, 25, vítima de violência cujo corpo desapareceu e o principal suspeito é o amante Bruno, goleiro do Flamengo. E ainda, a morte da arquiteta Eliane Rodrigues, morta carbonizada. O principal suspeito, Luis Afonso, projetista e marido dela que tentava reatar assim como teria acontecido com a menina Tatiane.

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