Após rachadura no concreto, obra na Avenida Ricardo Brandão é refeita
A cada chuva, cinco dias de serviço são perdidos, diz engenheiro; nesta manhã, operários aproveitam trégua da chuva para o reparo do concreto rachado e refazer pista construída errada
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A cada chuva, cinco dias de serviço são perdidos, diz engenheiro; nesta manhã, operários aproveitam trégua da chuva para o reparo do concreto rachado e refazer pista construída errada
Operários da empreiteira Nautilus já trabalham na reconstrução do concreto da Avenida Ricardo Brandão, que rachou na tarde de ontem [ dia chuvoso]. Segundo o mestre de obras da empresa, Edevaldo Silva, desde às 7 horas a equipe com 40 funcionários trabalha no local.
Desta vez, a retroescavadeira retira a terra molhada do barranco, que fica no entorno do córrego Prosa. A intenção é colocar novas estacas de eucalipto mais ao alto, no aterro que sustenta a área de lazer do Residencial Cachoeirinha, que teve os fundos do terreno engolido pela erosão após a enxurrada do dia 27 de fevereiro.
Erro
Além de ter que refazer todo o trabalho dos últimos dias, por conta da rachadura no concreto colocado no barranco do Residencial Cachoeirinha, a equipe trabalha na reconstrução de uma pista. Ela desce o pontilhão da Avenida Ceará e dá acesso à Avenida Ricardo Brandão. A pista tinha que ser mão dupla, mas foi construída para apenas um sentido.
Preocupação
O Instituto Nacional de Meteorologia prevê dia de chuva em Campo Grande. Diante dessa situação, a equipe de operários, que também correm risco por estar em área de risco de desmoronamento, trabalha preocupada, pois se chover, o serviço tem que ser paralisado novamente.
Dia 27
A força da enxurrada provocou arraso no trecho que vai desde o pontilhão da Avenida Ceará até o Residencial Cachoeirinha. Ontem à tarde, após cerca de dez horas de chuva intermitente [com pausas] o engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura Francisco Nascimento foi até o local e constatou rachaduras na obra e anunciou medida de proteção.
Segundo ele, as estacas que seguram o muro de concreto recém-construído [no fim de semana] terão de ser removidas e colocadas em uma altura maior. “Teremos que fazer isso para corrigir. A cada dia de chuva perdemos cinco dias de serviço”.
No último sábado (13), o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), esteve no local da obra e disse ao Midiamax que cobraria agilidade das empreiteiras para que o serviço no local fosse feito com celeridade e qualidade. Ele temia que uma nova chuva provocasse outra destruição no local. Trad Filho chegou a ameaçar acionar a Justiça caso fosse registrado falhas técnicas. Segundo ele, cinco empreiteiras trabalham naquela área.
A Prefeitura de Campo Grande requisitou R$ 32 milhões ao governo federal para resolver o problema estrutural que apareceu após a enxurrada de fevereiro. Para especialistas em urbanismo, a cidade precisa reunir os técnicos e rediscutir regras de crescimento ordenado para barrar futuras tragédias.
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