Depois de enfrentar protestos de alunos no início da semana, a secretaria municipal de Educação (Semed) anunciou nesta quarta-feira (27) que irá manter o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas municipais de Campo Grande.

Há dois dias, centenas de alunos do EJA da escola municipal Plínio Mendes, no bairro Guanandi, fizeram protesto contra a ameaça de fechamento do estabecimento no período noturno. O grupo também encaminhou um abaixo-assinado à prefeitura e à secretaria de educação, no sentido de garantir o direito à educação de jovens e adultos o mais próximo possível de suas casas.

A prefeitura cede o espaço das escolas municipais ao governo estadual, que é responsável pelo EJA. Atualmente, 2,9 mil alunos estão distribuídos em 29 unidades – cinco destas funcionam à noite: Plínio Mendes (Guanandi), Margarida Maksoud Trad (Estrela Dalva), Carlos Garcia de Queiroz (Zé Pereira), Leire Pimentel de Carvalho Correa (Colibri) e Isauro Bento Nogueira (distrito de Anhanduí).

“No caso das unidades que já funcionam à noite (…) vamos manter as aulas do EJA. Nas demais escolas, vamos aguardar a demanda para promover uma reestruturação”, explicou a secretária Maria Cecília Amêndola da Motta, após reunir-se com a secretária estadual de Educação, Nilene Badeca.

A intenção da Semed era remanejar alunos e concentrá-los em pólos para combater a evasão escolar, que chega a 60% nas turmas do EJA. “De acordo com a demanda de alunos do EJA, vamos deslocá-los para escolas-pólo, que estarão próximas de onde eles estudam”, afirmou a titular da Semed.