Um pacote com cerca de 10 projetos de lei deve dar entrada na tarde de hoje na Assembleia Legislativa. Hoje, os trabalhadores em saúde e seguridade social lotaram o auditório da Casa de Leis e provocaram os deputados.

A categoria não se satisfez com 5% sobre o salário base e incorporação de abono de R$ 150. Munidos de cartazes, eles exigiram ainda melhorias no setor de saúde.

No auditório, eles gritaram palavras de ordem e estimularam os deputados a se manifestar a favor da categoria. O presidente da Assembleia deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) prometeu intermediar junto ao governo na tentativa de melhorar o reajuste oferecido pela categoria.

Amanhã, às 13 horas, os servidores farão uma assembleia para avaliar a proposta que será encaminha à Casa de Leis nesta tarde.

Votação

Os projetos devem ser votados até a quarta-feira da semana que vem, por força da Lei Eleitoral que proíbe concessão de reajustes seis meses antes das eleições. O parlamentar explicou que restavam fechar as projetos de apenas duas categorias, o que deve ser feito ainda nesta terça pela amanhã.

Os 17 mil servidores da categoria educação já receberam reajuste, portanto os projetos que restam ser enviados à Assembleia Legislativa devem trazer as tabelas de aumento para 46 mil servidores.

Acordo de lideranças

Para que a votação ocorra a tempo de não extrapolar a data limite prevista em lei, o governo do Estado precisa de um acordo de lideranças. Os petistas que fazem oposição ao governo do Estado na Casa de Leis prometeram analisar a matéria para decidir se farão ou não o acordo.

O líder do governo Youssiff Domingos (PMDB) acredita que o acordo seja feito sem resistência da oposição. “Mesmo porque se a gente não votar e deixar o tempo passar, os servidores podem ficar em reajuste neste ano”, explicou.

O deputado petista Pedro Teruel admitiu que a situação é delicada, mas destacou que por uma questão de responsabilidade, o PT deverá fazer o acordo. “É certo que nem todas as categorias estão satisfeitas, mas deixando de votar você prejudica as que estão”, mencionou.

Teruel afirma que uma das formas de protesto do PT seria votar contra as matérias. O governo tem 20 deputados em sua base de sustentação política. Assim, havendo o acordo de lideranças, os projetos seriam aprovados. “O nosso voto contrário seria apenas um protesto, ou melhor, uma manifestação de apoio aos servidores que não estão satisfeitos”, esclareceu.