Anarquistas de Dourados atacam candidatos e defendem voto nulo para governo em MS
O movimento anarquista de Dourados está defendendo o voto nulo para governador nas eleições de outubro ou que os eleitores deixem de comparecer às urnas. O assunto é o tema principal da edição de julho/agosto do jornal O Libertário órgão de divulgação do PAEM (Coletivo Para Além do Estado e do Mercado) formado por estudantes […]
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O movimento anarquista de Dourados está defendendo o voto nulo para governador nas eleições de outubro ou que os eleitores deixem de comparecer às urnas.
O assunto é o tema principal da edição de julho/agosto do jornal O Libertário órgão de divulgação do PAEM (Coletivo Para Além do Estado e do Mercado) formado por estudantes universitários, sindicalistas e professores que professam as idéias anarquistas.
O PAEM é um grupo de anarquistas criado em 2006 nos corredores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) com atuação na periferia da cidade, em alguns sindicatos e também na Reserva Indígena.
O coordenador PAEM, estudante universitário Tiago Madureira, afirmou que estão sendo distribuídos mil cópias do jornal que também está na internet.
“Estamos repassando os arquivos do jornal através de e-mail”, disse o coordenador ao anunciar que o próximo ato dos anarquistas acontecerá no dia 7 de setembro durante o Desfile da Independência quando farão protestos contra a classe política sul-mato-grossense no chamado “Grito dos Excluídos”.
Em seu editorial intitulado “Parece que a noiva é a mesma e o penteado também” o jornal dos anarquistas douradenses classifica os dois principais candidatos ao Governo do estado como latifundiários que se entregaram “loucamente aos chamegos e conchavos típicos de campanha”.
“Ancorada no poderio financeiro do agronegócio e na implantação de dezenas de usinas de cana-de-açúcar, a coligação de Puccinelli tem liderado as pesquisas utilizando como propaganda principal a inauguração de placas para qualquer serviço realizado pelos órgãos públicos do MS”, diz o editorial de O Libertário.
Para os anarquistas, “nos últimos anos, em seu governo, os latifundiários têm atravancado processos como a demarcação das terras indígenas com maior facilidade, além de estarem implantando, sem debate com os setores populares, uma infinidade de usinas sucro-alcooleira e estendendo a permissão de práticas como as queimas de cana”.
Sobre o candidato Zeca do PT o manifesto anarquista diz que ele “vem com seu manjado discurso populista, utilizando-se de resquícios da participação petista em movimentos sociais ao mesmo tempo em que se filia ao Sindicato Rural e segue comprando terras”. Segundo o PAEM, Zeca “na prática defende o processo sucro-alcooleiro e faz coro com o agronegócio, apesar da maquiagem que vem tentando imprimir ao seu discurso”.
Com relação ao candidato Nei Braga, o jornal O Libertário diz que “o que poderia ser chamado de ultimo bastião da esquerda reformista eleitoral aqui no estado, o PSOL, devido a sua diminuta influência não conseguiu nem a adesão de seus sempre aliados do PSTU, demonstrando todo o fracasso de sua proposta de crítica por dentro do sistema”.
Para os anarquistas de Dourados “a melhor proposta que o povo trabalhador do Mato Grosso do Sul pode dar ao agronegócio e seus políticos é o fortalecimento da organização popular”.
No jornal O Libertário os membros do PAEM pedem doação em dinheiro para bancar os custos do movimento e oferecem o número de uma conta corrente no banco Bradesco e um endereço de e-mail numa provedora de internet de Portugal para que os interessados possam entrar em contato com o movimento que prefere não identificar os seus membros conforme disse o estudante Tiago Madureira.
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