Alerta: a poucos metros do córrego Sóter, lixo toma conta das ruas da Vila Margarida

Em período de enxurrada e dengue, o cenário de uma das regiões mais urbanizadas da cidade é preocupante; galhos e entulhos estão por toda parte da região que engloba a área do antigo Polonês [Jardim Marabá, Catarina II]

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Em período de enxurrada e dengue, o cenário de uma das regiões mais urbanizadas da cidade é preocupante; galhos e entulhos estão por toda parte da região que engloba a área do antigo Polonês [Jardim Marabá, Catarina II]

Galhos de árvores, lixo retirado de terrenos e até vaso sanitário, geladeira e sofá velhos estão jogados por toda a parte na região do antigo Polonês, conhecida como Vila Margarida, a poucos metros do córrego Sóter. Pelas ruas dos bairros Catarina II e Jardim Marabá o cenário é de faxina. Mas, segundo os moradores a espera pela retirada da sujeira já dura pelo menos dois meses.

No sábado, de 27 de fevereiro, quando uma enxurrada, resultado de 80 minutos de chuva na área central, destruiu parte da Avenida Ricardo Brandão e Avenida Ceará, na Bacia do Prosa, perto do shopping, as barragens do córrego Prosa seguraram 80 milhões de litros de água. Segundo a Prefeitura, elas impediram que a tragédia tivesse sido maior.

Hoje, dezoito dias depois do desastre, entulhos e lixos são flagrados na beira do córrego Sóter, ameaçado de assoreamento e erosão. Se cair uma chuva mais forte, tudo que está espalhado nas ruas desses bairros terá apenas um destino: o manancial do Sóter.

Os moradores esperam que os caminhões da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura recolham toda a sujeira, resultada de mutirão contra à dengue.

“Meus vizinhos colocaram todo o lixo ai e quando chove, fica tudo molhado e vem um fedor. Eu tenho comércio, mexo com açougue e isso me atrapalha nas vendas”, explica André Silva, 27, do Catarina II.

Já uma das moradoras mais antigas da região, Izabel Duarte, 71, há 27 no Jardim Marabá, os galhos secos que estão perto de seu muro podem lhe causar problemas. “São muitos aqui e tenho medo de alguém colocar fogo nisso e pegar na minha casa”.

“Esse pessoal não tem noção. Colocaram sofá velho, geladeira velha e vaso sanitário sabendo que estamos com risco de dengue. Já pedimos providências e até agora nada”, lamenta o pedreiro Daniel Pereira, 48.

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