Alemanha e Espanha duelam por vaga na final da Copa

Alemanha e Espanha disputam mais do que a passagem para a final da Copa do Mundo hoje, no Estádio Moses Mabhida, em Durban. Buscam continuar vivas no processo de afirmação pelo qual passam. Os alemães, contumazes participantes de decisões de Mundiais (sete vezes, com três títulos), precisam apagar a desconfiança criada com os recentes reveses. […]

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Alemanha e Espanha disputam mais do que a passagem para a final da Copa do Mundo hoje, no Estádio Moses Mabhida, em Durban. Buscam continuar vivas no processo de afirmação pelo qual passam. Os alemães, contumazes participantes de decisões de Mundiais (sete vezes, com três títulos), precisam apagar a desconfiança criada com os recentes reveses. Os espanhóis, que se caracterizam por sempre ficar pelo caminho, tentam mostrar que desta vez têm condições e equilíbrio para ir até o fim.

A disputa de hoje reúne um time badalado pelos feitos nos últimos anos, como a conquista da Eurocopa 2008 (a Espanha), contra outro que mudou a maneira tradicional de jogar ? deu mais atenção ao toque de bola e à proposta ofensiva (a Alemanha). Ambos são citados desde o início como favoritos à taça.

A Alemanha é considerada a seleção que pratica o melhor futebol da Copa, após duas impiedosas goleadas sobre Inglaterra, 4 a 1, e Argentina, 4 a 0 ? mesmo placar da vitória na estreia sobre a Austrália. A Espanha tem demonstrado volume de jogo, cria chances e mais chances, mas sofre para vencer por diferença mínima, como no 1 a 0 contra Portugal e Paraguai e nos 2 a 1 sobre o Chile.

Ambos têm defesas sólidas e ataques perigosos. A Espanha, por exemplo, conta com Villa, cinco gols e candidato a artilheiro deste Mundial. A Alemanha tem Klose, quatro gols na África do Sul e a um de igualar o recorde de 15 em Copas em poder de Ronaldo.

Esta seleção espanhola é considerada a melhor de todos os tempos. Os ibéricos, no mínimo, já igualaram sua melhor campanha em Mundiais, o quarto lugar obtido em 1950, no Brasil. Mas têm o desafio de ir mais longe. “É uma oportunidade única. Temos consciência de que estamos participando de um momento histórico não só para o futebol como para o esporte do nosso país”, disse o técnico Vicente del Bosque.

A Alemanha é uma força mundial (campeã em 54, 74 e 90), mas vem de fracassos. Na Copa de 2002 quanto na Eurocopa de 2008 perdeu as decisões. No Mundial que sediou, em 2006, não foi além de um terceiro lugar, depois de ser batida pela Itália na semifinal. Busca a redenção com um time jovem e composto por jogadores habilidosos.

A derrota de 2008, aliás, vai estar em campo hoje. Os alemães querem se vingar do 1 a 0 sofrido na decisão de dois anos atrás; os espanhóis, mostrar que não foi obra do acaso.

Jogo ofensivo? O discurso dos treinadores em relação à partida de hoje reforça a característica ofensiva das seleções que dirigem. “A Espanha comete poucos erros, temos de forçá-la a errar e precisamos ser agressivos, sem deixar de defender bem”, disse o técnico alemão Joachim Löw, garantindo que ele e os atletas estudaram à exaustão os rivais.

A Alemanha não poderá contar com Thomas Müller, suspenso. Trochowski, Toni Kross e até Cacau disputam a vaga.

Já o técnico Vicente del Bosque não mexe na escalação da Espanha. Até mesmo Fernando Torres, em má fase, está confirmado. “Vai ser um jogo equilibrado, mas não podemos mudar as nossas características. Vamos ser ousados”, disse o treinador, que, perguntado se hoje seria o dia mais importante da história do futebol do país, rebateu: “Espero que não”, numa alusão à expectativa de passar à final.

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