Advogado nega versão de menor sobre desaparecimento de Eliza
O advogado Erico Quaresma Firpe, que defende Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, contesta a versão dada por um menor que prestou depoimento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (6), sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, no ano passado. Macarrão é amigo do […]
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O advogado Erico Quaresma Firpe, que defende Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, contesta a versão dada por um menor que prestou depoimento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (6), sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, no ano passado. Macarrão é amigo do atleta.
Segundo a polícia, o adolescente disse que estava em um carro, com Macarrão, e acabou agredindo Eliza com uma coronhada na cabeça. A arma usada na agressão seria uma pistola e pertenceria a Macarrão. Os dois teriam levado a jovem para Minas Gerais.
O advogado de Macarrão questiona a história que teria sido contada pelo menor. “A coronhada de [pistola] 380 produziria uma lesão de cinco, seis centímetros. Eles vão do Rio para Belo Horizonte, andam centenas de quilômetros e passam por pelo menos seis postos da Polícia Rodoviária Federal, com a moça sangrando?”, disse ao G1. Além disso, Firpe afirmou que seu cliente não tem arma.
Para ele, a ação da polícia foi irregular. “O depoimento do menor, juridicamente falando, é desperdiçar papel. Não tem validade”, falou.
O advogado não confirma que seu cliente viajou na época em que Eliza desapareceu. “Se ele veio para Minas Gerais ou não, não conversei com ele sobre isso. Ele nega que tenha matado essa moça”, comentou.
Firpe está em Belo Horizonte e se encontrou com Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, nesta terça. Dayane deve ir até a delegacia, na quarta-feira (7), para prestar um novo depoimento. Ela já foi ouvida em 25 de junho. O advogado disse que vai acompanhá-la.
Rio
O menor que prestou depoimento foi encontrado na casa do goleiro Bruno, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio. De acordo com um inspetor da Divisão de Homicídios, o adolescente confirmou que a jovem está morta. Ele, no entanto, não teria dito como isso aconteceu.
O delegado Rafael Willis, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), informou, em entrevista à Rádio Tupi, que um parente do jovem foi à delegacia, contou que o menor estaria na casa do goleiro e tinha informações sobre o caso. A polícia teria chegado ao adolescente após essa informação.
A assessoria do Disque-Denúncia confirmou que recebeu uma ligação com informações que também ajudaram a localizar o menor.
Minas
Em Minas Gerais, a Polícia Civil informou que é responsável pelas investigações do desaparecimento de Eliza Samudio e que acompanha o que está acontendo no Rio de Janeiro.
Nesta terça, os bombeiros foram até o entorno da Lagoa Suja, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a equipe que esteve no local, não foram encontradas pistas.
Na segunda (5), a polícia recebeu uma denúncia de que o corpo da jovem foi jogado nessa lagoa e os bombeiros já haviam realizado buscas no local, sem sucesso. Havia uma previsão de buscas na Lagoa dos Tocos, que fica na mesma região, mas esse trabalho não aconteceu.
Mais de 30 pessoas já prestaram depoimento, segundo a polícia mineira.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samudio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador Bruno, em Esmeraldas (MG). Ela fez o último contato com amigas no início de junho.
Dayane Fernandes, mulher de Bruno, teria dito, no primeiro depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na casa de desconhecidos e foi entregue ao avô, pai de Eliza, em 27 de junho.
Em 25 de junho, Dayane foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada Alessandra Wilker, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.
Na segunda-feira passada, 28 de junho, a polícia vasculhou o sítio do goleiro Bruno, por mais de nove horas. Policiais e peritos fizeram escavações e vistoriaram o sótão, onde encontraram roupas de mulher, objetos de criança, fraldas e passagens aéreas. Um poço também foi vasculhado. A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza.
O Flamengo anunciou que o goleiro permanece afastado do time durante as investigações. Em 1º de julho, ele disse que estava “muito chateado” com o sumiço de Eliza. O atleta ainda não foi chamado para depor.
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