FHC: presidenciáveis compreenderam acordo com FMI
O presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu que todos os candidatos à sucessão presidencial demonstraram compreensão em torno do acordo fechado pelo governo com o FMI. Dizendo que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou o que havia dito antes, FH leu, perante os jornalistas, trechos do programa do governo do PT, onde […]
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O presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu que todos os candidatos à sucessão presidencial demonstraram compreensão em torno do acordo fechado pelo governo com o FMI. Dizendo que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou o que havia dito antes, FH leu, perante os jornalistas, trechos do programa do governo do PT, onde Lula compromete-se a manter o superávit primário de maneira a não permitir um aumento da dívida interna, que poderia destruir a confiança na capacidade do novo governo.
Fernando Henrique lembrou, também, que Lula reafirmou o compromisso na sua carta ao povo brasileiro. “Essa foi a disposição manifestada a nós pelo PT e seu candidato. Não há dúvida nenhuma que eles entenderam o acordo. Nós nos comprometemos a enviar a eles os memorandos de entendimentos assim que os tenhamos, pois não temos nada a esconder”, disse FH, lembrando que o petista também se dispôs a cumprir os contratos e manter os compromissos estabelecidos.
A entrevista do presidente também abriu espaço para o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, que, de acordo com Fernando Henrique, também se comprometeu com a estabilidade do país. Lendo declarações antigas de Ciro Gomes, FH mostrou que o candidato sempre teve compromisso com a austeridade fiscal, a estabilidade da moeda e respeito aos contratos. “Isso foi reafirmado diante de todos nós. E mais ainda: ele nos disse que a saída é não dar o calote nem desrespeitar os contratos da dívida, que permitem com suas práticas a redução das taxas de juros”.
Sobre o candidato do PSDB, José Serra, o presidente lembrou que o tucano tem sido bastante explícito quanto ao apoio ao acordo e ao cumprimento de suas condições. “Da mesma maneira, o candidato Garotinho (PSB) não fez nenhuma observação. Ao final do encontro, deixou aos cuidados do ministro da Fazenda um envelope fechado com uma carta que não li. Mas na conversa, ele disse que parte daquela carta já estava esclarecida. Ele disse também que não haveria problema quanto à manutenção do superávit primário em 3,75%.
Por fim, FH afirmou que a reunião foi uma prova de maturidade política, clareza e transparência. “Aqui não há carta escondida na manga. Há vontade de ajudar o Brasil”.
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