Estudo revela aumentos extraordinários nas tarifas bancárias
Pesquisa feita sobre tarifas bancárias pelo economista Miguel José Ribeiro de Oliveira em 24 bancos de varejo do país, que representam 90% do total de ativos do sistema financeiro, revela variação superior a 17.000% nos preços cobrados pelas instituições. O levantamento também mede as diferenças de preços no período janeiro 2001/2002. Enquanto a tarifa de […]
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Pesquisa feita sobre tarifas bancárias pelo economista Miguel José Ribeiro de Oliveira em 24 bancos de varejo do país, que representam 90% do total de ativos do sistema financeiro, revela variação superior a 17.000% nos preços cobrados pelas instituições. O levantamento também mede as diferenças de preços no período janeiro 2001/2002.
Enquanto a tarifa de manutenção de conta corrente no Santander era no início deste ano R$ 0,70, no HSBC chegava a R$ 120, uma diferença de 17.042,86%. A anuidade do contrato de cartão de crédito múltiplo, que no Santander custava R$ 2,30, no Bradesco era de R$ 300,00.
O estudo conclui que o brasileiro paga muito caro pelo serviço bancário e muitas vezes nem sabe o que está sendo cobrado, o que decorre do mau uso do serviço.
Segundo o economista, como não sabe o valor da tarifa, muita gente acaba pagando mais caro. Um exemplo é o saque em caixa eletrônico. Se o consumidor precisa de R$ 50 mil para determinado período, deve sacar tudo de uma vez. Se retirar em parcelas, vai pagar mais, já que a tarifa é fixa.
Além da diferença entre um banco e outro, as tarifas também tiveram aumentos expressivos de um ano para outro. Os bancos que aumentaram os preços do maior número de tarifas cobradas entre janeiro de 2001 e janeiro de 2002 foram o HSBC e Bilbao Vizcaya.
O HSBC aumentou 25 de suas 35 tarifas. A taxa de saque em caixa automático externo (banco 24 horas), por exemplo, dobrou, passando de R$ 1,50 para R$ 3. Também subiu o valor cobrado para a retirada de extrato de conta corrente no terminal eletrônico e o pedido de segunda via de documento. O primeiro aumentou 22,22%, passando de R$ 0,90 para R$ 1,10, e o outro 60%, passando de R$ 2,50 para R$ 4.
O Bilbao Vizcaya (BBV) também aumentou 25 das 39 tarifas que cobra. A tarifa pela abertura de crédito passou de R$ 130 para R$ 300, uma diferença de 130,77%. Já a tarifa para retirada de extrato por outros meios, que não terminal eletrônico, subiu ainda mais no período, de R$ 1 para R$ 2,50, uma alta de 150%. No início de 2001, o banco cobrava 39 tarifas e esse ano já cobra 41.
O Citibank é o que possui o maior número de isenções. A instituição não cobra por 26 serviços. Isso não quer dizer, no entanto, que manter uma conta no banco é mais barato do que nos demais. Pois o que conta é o conjunto de serviços usados pelo cliente. Um extrato tirado em terminal eletrônico do banco, por exemplo, custa R$ 1,20. No Itaú a mesma operação custa R$ 0,90. No Safra, R$ 0,50.
O Santander Brasil é o que possui o maior número de tarifas a custos menores, totalizando 11 serviços, seguido pelo Santander Meridional e o ABN Amro Real, com 6 serviços cada um.
De acordo com o levantamento, o Bradesco é o que possui o maior número de tarifas mais caras, seguido pela Caixa Econômica Federal, com cinco serviços, e o BBV, com quatro serviços. De 40 tarifas que o Bradesco cobra 17 tiveram foram aumentadas entre janeiro de 2001 e janeiro de 2002, uma foi reduzida e 22 permaneceram iguais. No item conta corrente, o custo do adiantamento a depositante, incluindo excesso de cheque especial, subiu de R$ 6,50 para R$ 9,50, uma diferença de 46,15%. Já a cobrança pelo cheque administrativo passou R$ 14 para R$ 24 no período, uma alta de 71,43%.
No entanto, o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira ressalta que dependendo do relacionamento com os bancos os clientes podem conseguir tratamento diferenciado.
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