Após consulta de esportista, audiência discute problemáticas do Bolsa Atleta e Técnico de MS
Sugestões serão enviadas para análise de viabilidade e implantação pelo Governo do Estado
Fábio Oruê, Osvaldo Sato –
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Audiência pública na tarde desta terça-feira (13) discute as problemáticas envolvendo os critérios de concessão da Bolsa Atleta e Técnico de Mato Grosso do Sul, que é baseada nas regras do benefício federal e pode apresentar divergências pelo cenário regional diferente.
Esta é a segunda etapa da discussão, que envolve o poder público e os próprios beneficiados. Na primeira etapa, os atletas puderam expor as demandas e as problemáticas encontradas no programa num prazo de 15 dias.
Por exemplo, nas modalidades coletivas, o critério de desempate é sempre conceder para quem é mais novo. Esta regra é baseada nos critérios federais de incentivo, onde os atletas mais novos podem ser promessas no esporte.
Regionalmente falando, os atletas mais velhos são os principais titulares e os mais novos atuam com menor frequência nas competições. A solução apresentada para o problema foi a criação de uma escala. Em caso de empate na pontuação será assegurado o benefício para os atletas mais novos na modalidade individual, aos mais velhos nas coletivas e ao treinador com idade maior.
“Quando a gente pensa num montante de curso, nos critérios que a gente utiliza para fazer a distribuição da bolsa, muitas vezes, a gente se pega em critérios que são recorrentes a bolsas que já existem, como a bolsa atleta federal”, afirmou Erinaldo Chagas, vice-presidente da Ande (Associação Nacional de Desporto para Deficientes).
Demandas do Bolsa Atleta
O objetivo é ouvir as demandas, procurar soluções e melhor a lei do Bolsa Atleta e Técnico. As sugestões serão encaminhadas ao Governo do Estado para análise de viabilidade e implementação.
“A gente sabe que no esporte, a gente tem uma vida curta como atleta. E a gente precisa pensar no encaminhamento pós-carreira, um período que a gente tem uma grande produtividade no esporte”, diz o secretário de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania Marcelo Miranda.
Outro problema, levado até a Assembleia Legislativa por atletas surdos e citado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) na audiência, é a falta de categorias para desportivas com deficiência auditiva. Não há nenhuma modalidade olímpica voltada para esse público, que acaba dificultando o acesso ao benefício.
“Nós temos uma comunidade de surdos aqui no Mato Grosso do Sul bastante numerosa. E são pessoas que também desejam fazer parte, se beneficiar, dessa política do Bolsa Atleta”, disse Kemp.
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