Rojas revela conversa com Guerrero sobre o Corinthians e diz não ter se assustado com protestos

Apresentado oficialmente como reforço do Corinthians nesta sexta-feira, Matías Rojas disse entender pressão da torcida. Meia pode estrear contra o América

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Duílio, Matías Rojas e Alessandro; paraguaio vai jogar com a camisa 18 no Timão. (Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
Duílio, Matías Rojas e Alessandro; paraguaio vai jogar com a camisa 18 no Timão. (Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Apresentado como reforço do Corinthians nesta sexta-feira (14), o meia-atacante Matías Rojas mostrou-se confortável em meio ao ambiente de pressão vivido pelo clube.

O paraguaio de 27 anos se preparou para chegar a São Paulo com um bom entendimento sobre o time, pois conversou com o atacante Paolo Guerrero, seu ex-companheiro no Racing. Até por isso, mostrou-se tranquilo em relação às cobranças da torcida do Corinthians, que já testemunhou em poucos dias no Brasil.

“Falei com o Paolo quando decidi jogar aqui. Ele me falou maravilhas do clube, do centro de treinamento, da cidade. Disse onde viver, que parte conhecer. Foi bastante gratificante para mim”, afirmou o reforço corintiano sobre as dicas do peruano de 39 anos, que também deixou o Racing e está sem clube desde então.

Guerrero, aliás, já sofreu com episódios duros em momentos delicados do clube alvinegro. Em 2014, mesmo com o status de ídolo por ter feito o gol do título mundial de 2012, o atacante foi agarrado pelo pescoço por um torcedor durante invasão ao CT Joaquim Grava. Quase 10 anos depois de tal incidente, o meia Luan foi agredido por torcedores do Corinthians em um motel, na semana passada, 3 dias após o desembarque de Rojas em São Paulo.

Um dia após chegar ao Brasil, Rojas foi à Neo Química Arena assistir à derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino e ouviu gritos de protesto vindos das arquibancadas ao fim da partida, como os tradicionais “Ou joga por amor, ou joga por terror” e “tem que ser homem para jogar no coringão”. O clima hostil, contudo, não intimidou o paraguaio.

“Creio que são momentos do futebol. Estou tranquilo. Os torcedores estão sempre no direito de opinar e nós temos que dar o máximo para prestar satisfação”, disse o jogador, que preferiu destacar mais o apoio que viu durante o jogo do que as manifestações no final. “No primeiro dia, contra o Bragantino, estava com meu pai, com minha gente… sabíamos que era uma equipe imensa, mas mesmo assim nos surpreendemos”, disse.

No Corinthians, Rojas afirma que pressão o anima

A pressão, aliás, costuma ser convertida em motivação pelo jogador. “Pessoalmente, é algo que anima. Preciso disso. Uma das coisas que me ajudou a tomar a decisão era isso, a pressão. Sei o que é o Corinthians e sei o que demanda o Corinthians. Vim para isso, para desfrutar e ajudar um pouco”, afirmou.

Em seu primeiro dia falando oficialmente como jogador do Corinthians, Rojas também revelou algumas de suas inspirações, com nomes de fora do futebol. “Sempre tenho referências em todos os esportes. Minha maior referência é o Nadal no tênis e o Michael Jordan no basquete. No futebol, é um monte de gente. Estou sempre aprendendo, acredito que nunca terminamos de aprender e ainda tenho muito a aprender”.

O meia estava atuando normalmente no Racing, por isso tem condições de jogo para estrear com a camisa alvinegra neste sábado (15), em duelo com o América-MG, pela rodada de volta das quartas de final da Copa do Brasil, após derrota por 1 a 0 em Belo Horizonte. Na estreia, espera provar que acertou ao ouvir a intuição e acertar com o time paulista.

“Tomei uma decisão com a intuição. Tive muito tempo esperando um clube que me mova emocionalmente. Tratei de intuir, não decidir com a mente. Senti que este era o lugar. Tinha muita vontade de jogar no Brasil e fiquei encantado por esta equipe tão grande”, disse Rojas.

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