Atacante do sub-15 no Palmeiras, Lucas Henrique de Oliveira visitou a Escola Doutor Tertuliano Meirelles, em , onde estudou do 1º ao 9º ano, para reencontrar os professores que o incentivaram quando ainda estava começando a se destacar no futebol.

Lucas mora atualmente com o pai, Henrique Perez, em e conta com uma rotina intensa de treino e estudos. De férias, está no bairro Caiçara, onde nasceu e cresceu, e visitou a escola onde estudou nesta terça-feira (12). Dois irmãos do atleta também estudam na unidade.

O atacante conta que sua origem foi no terrão. “Comecei a gostar de futebol na casa da minha madrinha. Ela tinha uma bola e eu ficava o tempo todo jogando no campinho de terra. Na escola, eu sempre joguei, participei de campeonatos aqui. Eu percebi que queria mesmo ser jogador profissional de futebol quando tinha 9 anos”, conta.

Lucas revela que se sente feliz por ser referência para os alunos menores. “É muito gratificante ver onde cheguei, porque eu era igual a eles, sonhava em ser jogador profissional”, diz.

Desde cedo

Professora de Física e diretora-adjunta da unidade, Paula Fernanda Marciano de Souza, conhece Lucas desde o 1º ano escolar.

“Ele foi meu aluno desde o 1º, e, desde pequeno, sempre notei que ele era diferenciado, eu o levei para o primeiro campeonato com 8 anos. Lucas participou de campeonatos da Semed, ele fazia o treinamento no contraturno das aulas”, comenta.

A diretora-adjunta só tem elogios ao jogador. “Sempre disse que ele tinha talento e potencial para ir longe. Ele é muito humilde, exemplo de pessoa, muito educado, nunca teve reclamação dele dentro da escola, é um ser humano que merece brilhar. Quando o vi na seleção brasileira, no Palmeiras, eu fiquei muito orgulhosa”, diz.

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Lucas fez a sua antiga escola (Divulgação, PMCG)

Rotina cheia

A rotina de Lucas é puxada. Ele acorda às 6h e vai para a escola às 7h, sai 12h30, almoça, vai para o treino às 14h e sai às 18h. “Pego ônibus, volto para o refeitório, janto e chego em casa por volta de 19h30. O Palmeiras me abriu as portas e vi que poderia ter muitas oportunidades no time”, revela.

O pai de Lucas conta que sempre incentivou o filho a estudar. “Acho que se ele tivesse um currículo e educação bacana, as portas se abririam. Mas, todo mundo começou a me falar que ele tinha talento no futebol, foi quando fui atrás de escolinhas de futebol que se encaixavam para ele, aí comecei a entender que ele tinha conduta boa para o futebol”, conta.

Henrique lembra que o filho jogou primeiro para o time Novo, de Campo Grande. “A equipe sempre viajava, fazia campeonatos pelo interior de São Paulo, isso o Lucas tinha 9 anos. Ali ele mostrou mesmo que tinha jeito para coisa. No primeiro campeonato profissional, ele se destacou. Ele mudou do Novo para o Náutico, jogou no interior de São Paulo, foi quando os olheiros do Grêmio, Paranaense, Atlético Mineiro, Palmeiras o viram. Então, decidimos pelo Palmeiras”, relembra.

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Lucas passou por vários times de Campo Grande (Divulgação, PMCG)

Manhã de autógrafos

Na quadra da escola, onde mostrou seu talento por tantos anos, Lucas distribuiu autógrafos, até mesmo para a mãe da aluna Sophia, que saiu de casa correndo na manhã de hoje, com uma camiseta do Palmeiras, para que o jogador autografasse.

“Eu e minha filha somos palmeirenses, ela me disse que ele estaria aqui hoje e vim correndo. É muito bom saber que daqui da escola saiu um menino que com certeza vai brilhar e nos dar muito mais orgulho”, diz a fotógrafa, Silvana Regina Vieira.

Lucas Oliveira Leite dos Santos, de 11 anos, aluno do 5º ano, pegou um autógrafo do xará. “Já conhecia o Lucas do último interclasse que teve na escola. Ele é uma inspiração para mim, gosto de jogar bola”, comenta.

João Pedro Ferreira Souza, tem 10 anos e contou que a tia, a diretora Paula, falou da história do Lucas. “Eu quis conhecê-lo porque sou palmeirense, eu jogo bola, quero seguir carreira igual ao Lucas”, diz.

Já Bruno de Lima Lopes tem 10 anos e estuda no 5º ano. “O Lucas é uma pessoa bem legal, eu quero ser jogador de futebol como ele e saber que ele estudou na mesma escola que eu estudo, é um incentivo para não desistir”, releva.