A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) quer agilizar a abertura de novos leitos nas unidades de saúde com decreto de situação de emergência em Saúde em Campo Grande. Atualmente, 29 crianças que dependem de oxigênio aguardam na fila por uma vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Segundo a secretária de Saúde, Rosana Leite, a pasta alega o aumento da ocupação de leitos das unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência por conta do aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.

Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças e também o tempo de internação maior.

“Em quantidade da SRAG, no ano passado foram 1.400. Esse ano são mil, porém o tempo de internação desses nossos pacientes está chegando de 10 a 15 dias. O que isso significa que não há um giro de leito. O paciente interna e a gente não consegue colocar outro”, explica a secretária, em coletiva na tarde desta terça-feira (30).

O decreto publicado nesta tarde em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) declara a situação por 90 dias, podendo ser prorrogado. O documento autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias ao atendimento de situação emergencial.

Entre as medidas para evitar espera em fila, a Sesau negocia a abertura de 10 leitos na Santa Casa. De acordo com a pasta, são 120 pacientes regulados por dia, sendo 20% crianças.

Segundo a secretária, a Sesau já ampliou a quantidade de médicos em todas as unidades de saúde de Campo Grande e os enfermeiros e técnicos de enfermagem na classificação de risco. A dirigente afirma que o decreto deixa as compras de insumos e contratação de leitos mais rápidas para atender a demanda.

Recomendação

A secretaria ainda ressalta as medidas para evitar a propagação da gripe. “Nesse aumento de casos respiratórios é importante as medidas não farmacológicas, uso de máscara, lavagem de mãos e evitar sair com esses bebês tão pequenos”, diz.

Ainda segundo ela, a Saúde recomenda que ao primeiro sintoma gripal a população comece a utilizar as máscaras. Além disso, as UBS (Unidades Básicas de Saúde) podem absorver demandas menos graves, como dor de garganta.

Explosão de casos

Conforme Rosana, na última semana a Capital teve um aumento “exorbitante” de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). “Nossos hospitais estão superlotados e a maioria são crianças. As nossas UPAs, hoje, a gente fala que são verdadeiros pequenos hospitais”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, já são 5 óbitos pela Influenza em 2024. A secretaria está viabilizando a abertura de novos leitos pediátricos na Santa Casa, mas ainda esbarra na questão de recursos humanos. O local sinalizou aproximadamente 10 leitos.