A mãe tem 1,71 metro e o pai 1,98 metro, ambos altos para o padrão médio do brasileiro. O filho, claro, dificilmente seria “um baixinho”. No entanto, o campo-grandense Orlando da Silva Canhete Neto, de 14 anos, já surpreende. E muito: o garoto tem 2,04 metros de altura e a previsão médica é que ele fique entre 2,15 a 2,18 metros. Agora, além de estudar, treina para se tornar um candidato disputadíssimo no mundo do basquete.

“Meu filho começou a jogar basquete uns meses antes da pandemia, no CEMT [Centro Municipal de Treinamento Esportivo] do bairro Carandá Bosque. Ele participava de jogos dentro do Estado, só que, em setembro do ano passado, algumas pessoas começaram a se interessar nele e a chamar para ir embora. Foi quando conhecemos o atual treinador dele e tivemos contato com o Esporte Clube Ginástico, de Belo Horizonte, em Minas Gerais”, relembrou a analista administrativa Adriana Martins, de 44 anos.

Em novembro, a decisão estava tomada. “Fomos lá conhecer e era tudo muito novo. Foi tudo muito rápido, ele tinha acabado de fazer 14 anos. Só que eu e o pai dele decidimos apoiá-lo neste sonho e deixamos ele morar lá. A viagem definitiva dele foi em janeiro de 2023 e, lá em Belo Horizonte, a intenção era treiná-lo cerca de um ano, para que possa jogar em seleção”, contou Adriana ao Midiamax.

Foto: Adriana Martins/Arquivo Pessoal
Orlando nos treinos de basquete em Belo Horizonte. Foto: Adriana Martins/Arquivo Pessoal

Mais uma vez, no entanto, Orlando surpreendeu e conseguiu entrar para seletiva Sub 16, mesmo com 14 anos de idade, além de estar entre os 12 selecionados para participar de um campeonato brasileiro que está acontecendo. Emocionada com cada passo, a mãe diz: “A evolução dele é absurda. Talvez o amor pelo basquete faz com ele se destaque. É o maior sonho da vida dele ser jogador profissional”.

‘Ele é alto, ágil e quer muito’, afirma treinador sobre Orlando

Orlando e o seu treinador. Foto: Arquivo Pessoal
Orlando e o seu treinador. Foto: Arquivo Pessoal

Sobre o desempenho de Orlando, o treinador e gerente do Esporte Clube Ginástico, Jefferson Louis Teixeira, de 48 anos, é só elogios.

“Ele chegou aqui através de um agente, uma pessoa que já tem parceria conosco e nos trouxe outros atletas também. No caso do Orlando, a gente olhou um vídeo no início do ano e vemos que, desde então, ele tem desenvolvido muito bem”, avaliou.

Conforme Teixeira, o garoto recentemente participou de uma seletiva, com garotos de 17 anos, sendo que ele vai completar 15 ainda.

“Ele ficou entre os 12 aqui no Estado de Minas e está se desenvolvendo. Tem que ter um pouco de paciência, é um processo lento, mas, é um processo que está sendo muito satisfatório. A gente acredita muito no potencial dele, está trabalhando bem e, se tudo caminhar da maneira como tem caminhado, vai colher bons frutos”, opinou.

Ainda de acordo com o técnico, Orlando precisa “entender o próprio potencial físico”.

“É um menino muito alto para a categoria. Tem muito garoto alto, mas, não tem tanta agilidade. Ele, ao contrário, é alto, ágil e quer muito, tá afim e então tem tudo para colher os bons frutos lá na frente”, finalizou o treinador.