A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou nesta quarta-feira (30) a demissão da técnica Pia Sundhage do comando da Seleção Brasileira Feminina, menos de um mês após eliminação do Brasil na Copa do Mundo Feminina ainda na fase de grupos.

“Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que participou da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

“Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso”, finalizou.

A treinadora sueca assumiu a Seleção Feminina em julho de 2019. Nos próximos dias, a CBF irá anunciar a nova comissão técnica, que iniciará o ciclo visando os Jogos Olímpicos Paris 2024 e a próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA.

A expectativa para a última Copa do Mundo estavam altas, ainda mais que seria muito importante para a principal jogadora de futebol brasileira, Marta, que não participa mais dos mundiais.

Depois de uma estreia promissora diante do Panamá, com goleada brasileira de 4 a 0, o Brasil enfrentou a França, perdendo de 2 a 1 para a potência francesa. Diante da Dinamarca, a seleção precisava vencer para se manter na competição.

Entretanto, com dificuldades em construir jogadas e poucas chances claras de gol, a seleção se manteve apática e não conseguiu mexer no placar – resultado: eliminação.

Pia Sundhage não escondeu a decepção pela despedida precoce do Brasil na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Ela não quis considerar a campanha da Seleção como um fracasso e assumiu parte da responsabilidade pela eliminação.

“No final, o resultado é minha responsabilidade, mas não apenas minha. Tem a ver com a forma como trabalhamos. Eu tenho que pensar se algo poderia ter sido feito diferente. Nós fizemos uma boa preparação, bons jogos e bons treinamentos. Há uma distância enorme entre o fracasso e o sucesso”, disse.