Abel atribui eliminação do Palmeiras à ineficácia e incompetência nos pênaltis

O português não deixou a entrevista sem reclamar da arbitragem de Leandro Pedro Vuaden

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(Foto: Divulgação/Palmeiras)

“Olha, é futebol. Futebol é isto. Fomos melhores e no final passou o adversário”. Com essa frase, em tom de lamentação, Abel Ferreira abriu a coletiva na qual dedicou a maior parte a explicar a razão da eliminação do Palmeiras para o São Paulo nas oitavas de final da Copa do Brasil. Em resumo, ele atribuiu a eliminação à falta de eficiência de sua equipe, que, de fato, empilhou chances perdidas, incluindo um pênalti com Raphael Veiga.

O técnico português afirmou que está, claro, chateado com o Palmeiras fora da Copa do Brasil, mas contente com o desempenho de seu time, responsável por marcar dois gols em 12 minutos. A incompetência nas finalizações e nos pênaltis, no entanto, incomodaram o treinador.

“Em alguns momentos queremos explicar o porquê das coisas. Isso é futebol. Fizemos 2 a 0. Tivemos oportunidade de fazer o terceiro. Duas vezes com Veron e um pênalti perdido. Depois o adversário faz”, lembrou o técnico, mencionando oportunidades de gol desperdiçadas pelo jovem atacante. “Fizemos um bom jogo, mas o resultado é injusto. Penaliza a nossa não eficiência nas oportunidades que tivemos para matar o jogo. E foram várias para matar o jogo”, acrescentou.

Gustavo Scarpa também criou para ir às redes, bem como Dudu, para citar alguns lances. Os dois pararam em Jandrei, um dos protagonistas da classificação são-paulina. Além das defesas no tempo normal, o goleiro brilhou nos pênaltis ao defender as cobranças de Raphael Veiga e Wesley.

“O São Paulo foi mais competente nos pênaltis que o Palmeiras”, admitiu Abel. “Agora, no tempo regulamentar, o Palmeiras deveria, pelas oportunidades que criou, matar o jogo. Jogou melhor e criou mais”, analisou, frustrado com resultado, mas satisfeito com a performance de seus atletas, sobretudo no início da partida. O time precisou de 12 minutos para desfazer a vantagem do São Paulo adquirida no Morumbi.

“Os jogadores do São Paulo, nos primeiros 15 minutos de jogo, não sabiam o que tinham que fazer. Se olhar em câmera aberta, eles não sabiam quem tinham que marcar ou o que fazer. Não dá para falar de tática. Nem sempre ganha a equipe que joga melhor”, reforçou.

O português não deixou a entrevista sem reclamar da arbitragem de Leandro Pedro Vuaden. O árbitro gaúcho assinalou dois pênaltis, um para o Palmeiras, outro para o São Paulo. Ambos foram marcados com o auxílio do VAR. No primeiro tempo, ele, no entanto, deixou correr o jogo quando Dudu foi derrubado na área.

“Vocês podem comparar o pênalti que o Gómez fez e que não marcou no Dudu. Aí vocês façam as conclusões”, contestou o técnico. “Mas, futebol é isto. Tem o fator sorte e hoje o adversário foi muito feliz”.

Abel fez uma rápida projeção da temporada do Palmeiras, agora com dois torneios para disputar: o Brasileirão, do qual é líder, e a Libertadores, em que enfrentará nas quartas o Atlético Mineiro. A eliminação na Copa do Brasil lhe deixa frustrado, mas, ao menos, os atletas terão um calendário menos desgastante que alguns de seus rivais. “Há males que vêm para o bem”, resumiu.

O tempo para lamentar é curto, já que na segunda-feira o Palmeiras encara o Cuiabá, no Allianz Parque, pela 17ª rodada do Brasileirão.

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