A Ponte Preta não perde em seu estádio para o Guarani desde 2009. Nesse período, foram sete jogos, com cinco vitórias e dois empates. O time alvinegro ainda diminuiu a diferença no retrospecto geral. São 199 partidas, com 66 vitórias da equipe pontepretana, 67 do time bugrino e 65 empates, além de um resultado desconhecido.

Na tabela do Paulistão, a Ponte Preta continua com chances matemáticas de avançar às quartas de final. O time alvinegro é o terceiro colocado do Grupo A, com 13 pontos, contra 15 da Ferroviária, que ainda tem dois jogos a fazer, e 26 do São Paulo

O Guarani, por outro lado, perdeu a oportunidade de avançar e eliminar o seu maior rival. O time bugrino é o vice-líder do Grupo D, com 14 pontos. O líder é o Mirassol, com 17. Em terceiro lugar está o Santos, com dez. O time da Vila Belmiro fará o clássico com o nesta quinta-feira e poderá chegar aos 13 pontos, colando no Guarani.

Para o jogo, o Guarani perdeu o lateral Bidu e o volante Rodrigo Souza por bobeira. Os dois trocaram socos durante a vitória frente ao Novorizontino. A dupla fez as pazes, mas acabou suspensa. Bruno Sávio, com um desconforto muscular, também ficou fora. Do lado da Ponte, além dos atletas entregues ao departamento médico, Yuri, expulso contra o Ituano, foi a ausência sentida. O técnico Fábio Moreno também, pelo acúmulo de cartões amarelos. A boa notícia ficou por conta de Niltinho, que teve recentemente uma intoxicação alimentar.

A etapa inicial foi muito estudada e um pouco nervosa. Jogando a vida no dérbi, a Ponte errou lances básicos e encontrou muita dificuldade na criação de jogadas. A primeira chance foi em um chute sem direção de Moisés, após bela jogada próximo à área do time bugrino, que, apesar de dar a bola ao adversário, foi mais perigoso.

O Guarani marcou a Ponte com os 11 jogadores atrás da linha do meio-campo e buscou encaixar uma jogada de contra-ataque para surpreender. Ela não veio, mas o time bugrino ameaçou com tentativas de Júlio César e Andrigo. Bem postado e atento no jogo, Ygor Vinhas fez defesas seguras.

O time visitante foi se soltando aos poucos e chegou a balançar as redes com Júlio César, mas o árbitro anulou o lance marcando impedimento de Matheus Davó. O ex-corintiano havia dado a assistência para o camisa 94 balançar as redes, nada valeu. O castigo veio aos 47. Dawhan acionou Apodi, que cruzou na medida para Moisés fazer 1 a 0.

O panorama do segundo tempo foi outro. O Guarani marcou logo no início, aos três minutos, com Matheus Davó, após linda assistência de Régis. Mas não deu tempo para comemorar. Aos 11, Thales derrubou Moisés dentro da área e o árbitro marcou pênalti Paulo Sérgio foi para a cobrança e recolocou o time alvinegro na frente do marcador.

Após o gol, os papéis se inverteram. A Ponte recuou e começou a usar o contra-ataque a seu favor. O Guarani, por outro lado, começou a ficar mais com a posse de bola e partiu para cima do rival. Mas foi o time da casa quem chegou ao gol. Aos 31 minutos, Rayan lançou, Camilo desviou e a bola chegou para Moisés. O atacante avançou em velocidade e chutou para fazer 3 a 1.

Atrás do placar, o Guarani ainda tentou encontrar forças buscando diminuir o marcador, mas encontrou uma Ponte em noite mágica. Na cabeçada de Airton, Ygor Vinhas fez um milagre para assegurar três pontos importantes para o clube da casa na briga por classificação às quartas do Paulistão.

Houve ainda uma leve discussão após o apito final. O árbitro chegou a consultar o VAR e aplicou o cartão vermelho direto para o zagueiro Airton.

Na última rodada, a Ponte enfrenta o Palmeiras no domingo, no Moisés Lucarelli, em Campinas. No mesmo dia, o Guarani visita a Internacional, no Major Levy Sobrinho, em Limeira. Os horários ainda serão definidos pela Federação Paulista de (FPF).

FICHA TÉCNICA:

PONTE PRETA 3 x 1 GUARANI

PONTE PRETA – Ygor Vinhas; Apodi, Rayan, Ruan Renato e Felipe; Dawhan (Barreto), Locatelli e Camilo (Marcos Júnior); Niltinho, Moisés (Pedrinho) e Paulo Sérgio. Técnico: Sandro Forner (auxiliar).

GUARANI – Rafael Martins; Pablo, Thales, Airton e Eliel; Bruno Silva, Régis (Matheus Souza) e Índio (Tony); Andrigo, Matheus Davó (Rafael Costa) e Júlio César (Renanzinho). Técnico: Allan Aal.

GOLS – Moisés, aos 47 minutos do primeiro tempo. Matheus Davó, aos 3, Paulo Sérgio (pênalti), aos 11, e Moisés, aos 31 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Dawhan e Paulo Sérgio (Ponte Preta); Julio César, Pablo e Rafael Martins.

CARTÃO VERMELHO – Airton (após o apito final).

ÁRBITRO – Vinicius Gonçalves Dias Araújo.

RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).