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Esportes

Lesão tira sonho de medalha de Ricardo Costa de Oliveira, paratleta ‘ligado’ aos 2 ouros de MS

Ricardo Costa de Oliveira sofreu lesão na coxa; ele é irmão da bicampeã Silvania Costa e foi incentivado por Yeltsin Jacques
Arquivo -
Ricardo Costa de Oliveira sofreu lesão na coxa esquerda durante o 2º salto
Ricardo Costa de Oliveira sofreu lesão na coxa esquerda durante o 2º salto

O sul-mato-grossense Ricardo Costa de Oliveira ficou em sexto lugar na disputa do salto em distância da categoria T11 das Paralimpíadas de Tóquio, disputada na madrugada. Um resultado impressionante para o paratleta três-lagoense que, há 5 anos, estreava em torneios internacionais e, na Rio-2016, conquistou a primeira medalha de ouro do país, já que foi atrapalhado por uma lesão durante a disputa.

Em Tóquio, Ricardo — esperança de medalha por seu destaque mundial na prova, onde conquistou o bronze no Mundial de 2017 — sofreu contusão na coxa esquerda na segunda tentativa de salto, prejudicando seu desempenho. Antes, havia cravado 5,89 metros, suficientes para lhe deixar na terceira posição naquele momento. Na segunda tentativa, sofreu a lesão e queimou o salto ao pisar na linha.

Graças à lesão, Ricardo desistiu do terceiro salto, voltando para a quarta chance — mas desistiu antes do salto, também por conta do problema. Ele ainda tentou os 2 últimos, mesmo sentindo a lesão, atingindo 5,01 metros e 5 metros, fechando a disputa na sexta posição.

Família e apoiadores

A história de Ricardo se confunde com a de dois paratletas que, horas atrás, também trouxeram uma dupla alegria dourada para a torcida do Estado. Ele é irmão de Silvânia Costa, recordista mundial da mesma modalidade e que já garantiu o bicampeonato olímpico na noite anterior.

O paratleta também compartilha a mesma condição da irmã: com problemas de visão desde a infância, ele foi diagnosticado, em 1996, com a doença de Stargardt já em estágio avançado. Esta é a forma mais comum da “degeneração macular juvenil congênita”, doença genética causada pela morte das células fotorreceptoras na área central da retina — tecido sensível à luz que reveste o fundo do olho — e que não tem cura.

[Ricardo, de azul, ao lado de Yeltsin]
Ricardo, de azul, ao lado de Yeltsin. (Foto: Arquivo pessoal/Reprodução)

Após perder totalmente a visão, Ricardo decidiu se dedicar ao atletismo. Primeiro, nas corridas de rua e, depois, para a pista. O incentivo veio de outro medalhista paralímpico: o campo-grandense Yeltsin Francisco Ortega Jacques, ouro nos 5.000 metros, segundo conta o pai deste, o agente penitenciário José Roberto Jacques.

Uma foto nos arquivos do filho mostra Ricardo comemorando pódio ao lado de Yeltsin, que incentivou o amigo a, com o tempo, transformar o em um meio de vida e em um importante lastro para a vida.

A aposta não poderia ter dado mais certo. Ricardo fez sua estreia oficial no Mundial de Doha, em 2015. No ano seguinte, conquistou o ouro paralímpico no no salto em distância na classe F11, deixando para trás o então campeão e recordista mundial Lex Gilette, dos Estados Unidos.

Gilette, nesta sexta, ficou com a prata no salto distância T11, ao cravar média de 6,17 metros (o ouro foi para o chinês Dongdong Di, com 6,47 metros, enquanto o francês Ronan Pallier levou o bronze com 6,15 metros).

A classe T11 reúne atletas com cegueira sem percepção luminosa ou que identificam a luz, mas não são capazes de definir o formato de uma mão à frente do rosto.

 

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