e Bahia fizeram um tempo bastante morno. As duas equipes pecaram pela falta de criatividade e, sobretudo, por não serem objetivos. Durante a etapa, por várias vezes foi possível observar um time tocando a bola de um lado para o outro, trocando passes na defesa ou do meio-campo, sem tentar a penetração.

Sylvinho está conseguindo deixar o Corinthians mais compacto em campo, mas não resolve a inoperância ao atacar, muito por falta de bons jogadores. O time tem como principal jogada ofensiva as investidas pelo lado direito. Mas, neste domingo, sem Gustavo Mosquito – liberado por causa da morte de seu pai por covid-19 -, não teve um jogador que teve profundidade às jogadas. Ramiro até tentou fazer esse papel, sem sucesso.

No lado esquerdo, Mateus Vital foi pouco acionado. E as infiltrações de Roni ou Gabriel pelo meio também não ocorreram com constância.

O Bahia até tentou jogar pelos lados. No direito, porém, Rossi estava apagado e o lateral Renan Guedes quase não apareceu. No esquerdo, os avanços de Matheus Bahia não davam resultado. As jogadas pelo meio, com Rodriguinho e Daniel, também não acrescentaram nada, pois a defesa do Corinthians estava muito bem posicionada.

Dentro desse panorama, os dois centroavantes, Gilbert e Jô, foram figuras decorativas na etapa. E os goleiros Cássio e Matheus Teixeira praticamente não trabalharam.

O goleiro do Bahia só apareceu ao defender um chute fraco de Gabriel, aos 9 minutos, e ao se assustar com um chute de Mateus Vital, aos 16, em que a bola bateu do lado de fora da rede. Cássio nem isso, pois na única chance real do Bahia, Juninho cabeceou para fora.

Diante de um primeiro tempo tão pobre, o chute de Fagner aos 30 segundos da etapa final, que saiu desviado a escanteio, deu esperança de melhora da partida. Mesmo porque os dois treinadores pediram a seus times mais velocidade e um jogo mais agressivo.

De fato, o confronto ficou mais movimentado, mais vibrante, e o Corinthians cresceu. Com mais volume de jogo, criou chance com Gil de cabeça, aos 4 (a bola foi para fora), com Mateus Vital, aos 9 (chutou por cima do gol) e, com Ramiro, novamente de cabeça, aos 11 (Matheus Teixeira evitou o gol com grande defesa)

A partir daí, o Bahia voltou a equilibrar a partida. Adiantou o time e passou a incomodar a defesa corintiana. Aos 17, Gilberto escorou de cabeça uma falta cobrada da intermediária e errou o alvo por pouco.

Mas o Corinthians continuava criando chances. Aos 21, após um cruzamento rasteiro de Fagner, Jô só não marcou porque Renan Guedes conseguiu desviar a bola, na pequena área, no momento em que o centroavante ia finalizar. Vitinho, que havia substituído Roni, finalizou para fora aos 26. No lance, o juiz Bruno Arleu de Araújo foi chamado pelo VAR para verificar um possível toque que teria desequilibrado o meia corintiano antes de chutar, mas considerou o lance normal.

Mas a última grande oportunidade de gol da partida foi do Bahia. Aos 44 minutos, Thonny Anderson recebeu na área, girou e bateu forte. Cássio, então trabalhou. Fez grande defesa e evitou a derrota corintiana.

FICHA TÉCNICA:

BAHIA 0 x 0 CORINTHIANS

BAHIA – Matheus Teixeira; Renan Guedes, Conti, Juninho e Matheus Bahia; Patrick de Luca (Jonas), Thaciano (Thonny Anderson), Daniel e Rodriguinho; Rossi (Maycon Douglas) e Gilberto (Oscar Ruiz). Técnico: Dado Cavalcanti.

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Cantillo, Gabriel, Roni (Vitinho), Ramiro (Adson) e Mateus Vital (Araos); Jô (Cauê). Técnico: Sylvinho.

CARTÕES AMARELOS – Roni, Gabriel, Matheus Bahia, Ramiro.

ÁRBITRO – Bruno Arleu de Araújo (RJ).

RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio de Pituaçu, em Salvador (BA).