Gol de mão, gás e Ceni x Valdivia: o último Choque-Rei em mata-mata

GazetaEsportiva O Choque-Rei das 18 horas (de Brasília) deste sábado, no Morumbi, volta a colocar São Paulo e Palmeiras frente a frente em um mata-mata após 11 anos. O clássico, que abre as semifinais do Campeonato Paulista de 2019, será reeditado no próximo dia 7, no Allianz Parque, onde se definirá um dos finalistas. O […]

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O Choque-Rei das 18 horas (de Brasília) deste sábado, no Morumbi, volta a colocar São Paulo e Palmeiras frente a frente em um mata-mata após 11 anos. O clássico, que abre as semifinais do Campeonato Paulista de 2019, será reeditado no próximo dia 7, no Allianz Parque, onde se definirá um dos finalistas. O vencedor encara Santos ou Corinthians na decisão.

A última vez que o Choque-Rei decidiu uma classificação foi em 2008. Na ocasião, o clássico também valia uma vaga na final do Paulistão, que acabou ficando com o time alviverde após dois jogos repletos de polêmicas. Abaixo, a Gazeta Esportiva relembra algumas delas.

A MÃO DO IMPERADOR

Aos 11 minutos do primeiro tempo do jogo de ida, no Morumbi, Jorge Wagner cruzou na área, Adriano mergulhou e empurrou para as redes com a mão direita. Para desespero do goleiro Marcos e do restante do time do Palmeiras, o árbitro Paulo César de Oliveira e a auxiliar Maria Elisa Barbosa não viram a infração e validaram o gol.

Naquela partida, o Imperador ainda faria 2 a 0 vencendo Pierre no corpo e corpo e tocando na saída de Marcos. Alex Mineiro, de pênalti, diminuiu o prejuízo para o Verdão, que precisaria de uma vitória simples no domingo seguinte para alcançar a final.

FALHA DE CENI E GÁS

No antigo Palestra Itália, o jogo de volta não ficou atrás em termos de polêmica. Mas, aos 22 minutos do primeiro tempo, antes de qualquer confusão, Léo Lima mandou de longe uma bola de efeito capaz de enganar Rogério Ceni, que se antecipou pulando para o lado esquerdo, enquanto a bola morria no meio do gol: 1 a 0 Palmeiras.

Até então tenso apenas dentro de campo, o jogo ganhou seu primeiro episódio polêmico ao término do primeiro tempo. Com o vestiário infestado de gás – que teria entrado pela janela -, elenco e comissão técnica do São Paulo tiveram de ficar no gramado durante os 15 minutos de intervalo para não inalarem a substância.

“Quando o Muricy ia começar a palestra, começamos a sentir o gás. Veio pela janela. Ficou impossível de respirar, era altamente irritante para as narinas e olhos”, contou, na época, José Sanchez, médico tricolor.

Torcida do Palmeiras não “apagou” durante queda de energia no antigo Palestra Itália (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

PROVOCAÇÃO DO MAGO

Incomodados com o gás, os são-paulinos voltaram pressionando na tentativa do empate. No entanto, com a expulsão de André Dias por falta dura em Valdivia, o Palmeiras ampliou aos 39 minutos, quando Lenny puxou contra-ataque, e Wendel tocou para o meia chileno dar números finais à partida.

Mas a partida em si ainda não havia acabado. Nem as polêmicas. Na comemoração, o Mago atravessou a grande área e fez sinal de silêncio para o Mito tricolor. Empurrado por Miranda, Valdivia ainda veria os refletores do velho Palestra se apagarem.

Após 15 minutos de paralisação, o time da casa administrou a vantagem e confirmou a vaga na final do Paulista, que seria conquistado pelo Verdão após duas vitórias sobre a Ponte Preta (1×0 e 5×0).

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