Em clássico tenso, Cruzeiro vence Atlético e fica a um empate do título mineiro
O Cruzeiro está em vantagem na final do Campeonato Mineiro. Neste domingo, no Mineirão, o time aproveitou a condição de mandante para derrotar o Atlético por 2 a 1, em jogo com gols de Marquinhos Gabriel, Ricardo Oliveira e Léo. Agora, precisa de um empate no próximo sábado para faturar o bicampeonato estadual. Isso significa […]
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O Cruzeiro está em vantagem na final do Campeonato Mineiro. Neste domingo, no Mineirão, o time aproveitou a condição de mandante para derrotar o Atlético por 2 a 1, em jogo com gols de Marquinhos Gabriel, Ricardo Oliveira e Léo. Agora, precisa de um empate no próximo sábado para faturar o bicampeonato estadual.
Isso significa que se o título vier, será de modo invicto para o que Cruzeiro, que ainda não perdeu no Mineiro. Já qualquer vitória dará o título ao Atlético, que tem essa vantagem por ter realizado campanha melhor na primeira fase da competição. O clube, mandante da partida decisiva, ainda não definiu se realizará o clássico no Mineirão ou no Independência.
Foi uma final quente e cheia de polêmicas. O Atlético reclamou de um pênalti não marcado no fim do primeiro tempo e também que o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães errou ao marcar escanteio no lance do segundo gol do Cruzeiro. Já Fred teve um gol anulado, por tocar a mão com a bola, o que a arbitragem assinalou a partir do uso do VAR. Além disso, o clima esteve quente entre os times, sendo que 11 jogadores terminaram o clássico amarelados e dois – Rafinha e Adilson – foram expulsos.
O placar pode ser explicado pela postura das equipes. O Cruzeiro foi mais ofensivo, atacando em quase todos os momentos do clássico, embora tenha sofrido com alguns contra-ataques do rival, só recuando nos minutos finais, além de ter contado com uma inspirada atuação de Marquinhos Gabriel.
Já o Atlético, em crise após a demissão de Levir Culpi e por estar em situação complicada na Copa Libertadores, foi cauteloso mesmo quando esteve em desvantagem. Sofreu, ainda, ao perder por lesão dois dos seus principais jogadores – Cazares e Luan -, mas contou com o 12º gol de Ricardo Oliveira em 15 jogos na temporada para seguir vivo no Mineiro.
O JOGO – Enquanto o Cruzeiro entrou em campo com a sua força máxima e sem novidades na escalação, o interino Rodrigo Santana precisou recorrer a Leonardo Silva para compor a dupla de zaga do Atlético ao lado de Igor Rabello, já que Réver segue lesionado. E também apostou em Chará como ponta esquerda, sendo que o colombiano vinha sendo pouco utilizado por Levir.
E o início do clássico foi interessante, com o Cruzeiro tendo a iniciativa de jogo e buscando atacar pelo lado direito da defesa atleticana. Mas a primeira oportunidade clara foi dos visitantes, que saíam com consciência para os contra-ataques e tiveram Luan dando trabalho a Fábio logo aos cinco minutos.
O Cruzeiro, porém, era bem mais ofensivo e também teve as suas oportunidades, como em uma tabela entre Rodriguinho e Fred. Só que concentrando as suas ações pelo lado direito, especialmente com Egídio e Marquinhos Gabriel, facilitou a marcação atleticana, que teve Luan auxiliando o lateral Guga pelo setor.
Porém, o time perdeu Cazares, lesionado. E isso fez falta para o Atlético puxar contra-ataques, pois Vinicius, o seu substituto, não exibia a mesma velocidade e criatividade do equatoriano. Por isso, o nível do clássico diminuiu na segunda metade do primeiro tempo, com o clima ficando tenso, com quatro cartões sendo aplicados entre os 38 e os 41 minutos.
Mas quando parecia que os times iriam ao intervalo empatados, o Cruzeiro abriu o placar pelo setor que mais insistiu: o direito da defesa atleticana. Aos 45, Fred acionou Marquinhos Gabriel, que avançou e finalizou. A bola desviou em Leonardo Silva, mudou o seu rumo e entrou na meta defendida por Victor.
Para o segundo tempo, o Atlético trocou Luan, lesionado, por Chará, mas não mudou a sua postura defensiva. Só que conseguiu criar duas chances claras nos dez minutos iniciais, ambas com Ricardo Oliveira, sendo que o centroavante, marcou na segunda, batendo de perna esquerda após levantamento de Chará.
Só que a igualdade durou muito pouco no Mineirão. Pouco depois, aos 15 minutos, Robinho cobrou escanteio, Dedé desviou de cabeça e a bola sobrou para Léo, mesmo caindo, finalizar às redes, recolocando o Cruzeiro em vantagem.
Como o Atlético não se arriscava e o Cruzeiro passou a não ser tão ofensivo, o clássico esfriou, mesmo com as alterações realizadas pelos técnicos, incluindo a estreia de Pedro Rocha pelo Cruzeiro.
E só esquentou após erro de Igor Rabello na saída de jogo, que culminou em finalização perigosa de Marquinhos Gabriel, que parou em Victor. Na cobrança de escanteio, Fred marcou, mas o lance foi anulado pelo VAR, pois o centroavante acertou a bola com o braço.
Nos últimos minutos, Chará ainda teve a chance de dar o empate para o Atlético. Mas falhou na finalização, garantindo ao Cruzeiro a vantagem da igualdade para o segundo duelo da decisão do Mineiro, sendo que já nos acréscimos Rafinha e Adílson foram expulsos.
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