CBF não pede restituição por desvios cometidos por Marin
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não pediu restituição dos valores que teriam sido desviados pelo ex-presidente José Maria Marin no caso Fifagate, o grande escândalo de corrupção envolvendo a maior entidade do futebol mundial. A informação foi publicada pelo Estado de S.Paulo e confirmada pela reportagem. Pelo cronograma da Justiça de Nova York, a […]
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A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não pediu restituição dos valores que teriam sido desviados pelo ex-presidente José Maria Marin no caso Fifagate, o grande escândalo de corrupção envolvendo a maior entidade do futebol mundial. A informação foi publicada pelo Estado de S.Paulo e confirmada pela reportagem.
Pelo cronograma da Justiça de Nova York, a CBF tinha até a última segunda-feira (6) para submeter um documento dizendo ser vítima dos crimes cometidos por Marin, cuja sentença será publicada dia 22.
A corte nova-iorquina, porém, não recebeu nenhuma solicitação da confederação brasileira.
Fifa, da Concacaf (confederação das Américas Central e do Norte) e da Conmebol (confederação sul-americana) oficializaram pedidos para receber restituições por desvios por seus dirigentes, que foram apontados na investigação das autoridades dos EUA.
Na solicitação mais antiga, três ex-funcionários da Traffic Sports USA requisitaram, em setembro de 2017, restituição dos crimes cometidos pelo então presidente da empresa, Aaron Davidson, e por outros executivos, Marin entre eles.
No pedido enviado à Justiça americana, a Conmebol diz ter sofrido “dano financeiro considerável”, incluindo mais de R$ 24,4 milhões em subornos ilegais pagos diretamente a Marin. O dinheiro, diz, deveria ter sido destinado legalmente a Conmebol como resultado do aumento dos preços em contratos para marketing e direitos de transmissão.
Também diz ter sofrido perdas por salários e benefícios pagos a Marin no período em que ele estava violando seus “deveres éticos” para com a confederação. E fala de milhões de dólares a menos em receita que teriam ido para a confederação caso o cartola não tivesse cometido os atos de corrupção.
Já a Concacaf diz que os “conspiradores” armaram para que o presidente da confederação, Jeffrey Webb, recebesse US$ 10 milhões (cerca de R$ 37,6 milhões) em suborno para que concordasse em vender os direitos de transmissão e mídia para a Datisa. Afirma ainda que os direitos foram subprecificados.
A Fifa, em seu pedido, diz que a conduta de Marin prejudicou a federação. O ex-presidente da CBF teria obtido benefícios da Fifa usando falsas alegações e que, por isso, a federação teria direito de receber o valor em benefícios que foi pago ao cartola, calculado em R$ 367,5 mil.
Também pede ressarcimento pelos gastos legais, com advogados e com a investigação. O total desses custos é estimado em mais de R$ 106,5 milhões.
As acusações no chamado Fifagate englobam ações de suborno, fraudes e de lavagem de dinheiro. Os cartolas teriam recebido pagamentos ilegais, que começaram em 1991 e atingiram duas gerações de dirigentes e executivos, que movimentaram mais de R$ 564 milhões.
Parte desse dinheiro foi pago para obtenção de vantagens por empresas para terem os direitos de transmissão de partidas das eliminatórias do Mundial.
Procurada, a CBF informou que comentará nada sobre a decisão.
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