VÍDEO: Gangues de garotas hooligans afirmam estar ‘em treinamento’ para ataques em 2018
Facções são formadas por jovens russas entre 18 e 25 anos
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Facções são formadas por jovens russas entre 18 e 25 anos
O hooliganismo russo, que tem chamado atenção no mundo inteiro após incidentes em jogos da Eurocopa, conta agora com um novo setor, que preocupa autoridades e fala abertamente sobre manifestações violentas durante a próxima Copa do Mundo, que acontecerá na Rússia em 2018: o de mulheres. O jornal britânico Daily Mail mostrou, em reportagem publicada no último fim de semana, que as ‘ultra-girls’ dizem estar se preparando para agir no período da competição.
Seguindo o comportamento de seus conterrâneos que têm agido na França, as garotas com faixa etária entre 18 e 25 anos postam fotos e vídeos nas redes sociais, em que aparecem brigando umas com as outras e afirmam que esta é uma forma de ‘treinamento’ para atacar grupos rivais. Gangues de hooligans são comuns na Rússia, mas geralmente são formadas apenas por homens.
As principais facções femininas de ‘ultras’ (outro nome para ‘hooligan’) são a Slavyanki Gang, a Regional Girls e a Siege Girls, que afirmam ser pioneiras no hooliganismo feminino. A reportagem do tabloide inglês conversou com algumas das representantes desses grupos, que explicaram o que as motiva a fazer parte de gangues de torcedoras.
Uma delas é Viktoria, conhecida como Olezhka, líder da Slavyanky, ligada ao clube Spartak Moscow. “Não há registros de gangues somente femininas, esta é uma iniciativa própria”, afirma a jovem. “Eu comecei a fazer parte dos ultras e, então, decidi organizar um grupo de mulheres. Para mim, não são só homens que podem fazer esse tipo de trabalho, mas garotas também”, conclui.
Olga Kozkova, de 23 anos, faz parte de um grupo ligado ao clube CSKA Moscow. “O que vem em primeiro lugar para nós é nosso time, suas cores. Em segundo lugar, vem seu escudo. Nós devemos lutar pelas nossas cores, pelo nosso brasão de armas”, declara a hooligan ao jornal londrino, que ainda afirma que a próxima briga da gangue de Olga será com um grupo de polonesas na Bielorrússia.
Olga foi eleita musa do Campeonato Russo de 2015, mas perdeu o título após postar fotos com símbolos ligados a organizações de extrema direita, em redes sociais. Na época, ela posou com camisetas em que aparecia a cruz celta, utilizada comumente por neonazistas. Mais tarde, 3 mil fãs a presentearam com rosas como consolação, segundo o Daily Mail.
Outras jovens que fazem parte das facções de torcedoras têm suas identidades mantidas em segredo, mas aparecem em fotos sem mostrar seus rostos.
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(Sob supervisão de Daiane Libero)
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