Mesmo com falha de Denis, São Paulo segura River e soma 1º ponto na Libertadores
Somou um ponto
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Somou um ponto
Depois da traumatizante derrota para o The Strongest, em pleno Pacaembu, o São Paulo ergueu a cabeça e se manteve firme na Copa Libertadores da América. Na noite desta quinta-feira, a equipe do Morumbi superou a falha do goleiro Denis para segurar um empate por 1 a 1 com o River Plate, em pleno Monumental de Nuñez, e somar o primeiro ponto no torneio sul-americano.
O empate conquistado fora de casa mantém o São Paulo no radar de River Plate e The Strongest, equipes posicionadas na zona de classificação para as oitavas de final da principal competição sul-americana. Com um ponto, o time comandado por Edgardo Bauza agora possui três de distância em relação aos argentinos e cinco em comparação aos bolivianos.
Nem o são-paulino mais confiante esperaria um início de jogo tão bom quanto o desta noite de quinta. A esperada pressão do River Plate veio a passos lentos, e a eficiência na bola parada do clube do Morumbi voltou. Resultado? Ganso, com um belo chute aos 17min, acertou um belo chute de canhota para balançar as redes do goleiro argentino Marcelo Barovero.
Nem o são-paulino mais pessimista esperaria uma falha como a ocorrida nesta quinta-feira. Aos 32min, depois de cobrança de escanteio, Denis socou a bola baixa e a viu bater na cabeça de Thiago Mendes. Com a soma do azar, o principal objeto do jogo tomou a direção contrária e encobriu o goleiro do clube tricolor.
A falha bizarra do goleiro, contudo, não abateu o clube do Morumbi. O São Paulo manteve-se bem postado na marcação e pouco sofreu com a pressão do River Plate na etapa complementar. Marcelo Gallardo precisou recorrer até ao veterano Andrés D’Alessandro para melhorar a organização ofensiva.
Dos pés do ex-Internacional saiu a melhor chance do River: cruzamento bem fechado e abafado por Denis. Pelo lado do São Paulo, o contra-ataque era a principal arma, e Calleri perdeu uma grande chance – após cruzamento de Mena – de calar o Monumental de Nuñez.
Ao final de tudo, um empate a ser comemorado pelo São Paulo – em condições normais de temperatura e pressão. Pela derrota em casa para o The Strongest, o caminho do time tricolor paulista na Libertadores ainda é muito longo.
GANSO QUEBRA MARCA NO SÃO PAULO
Diante de toda a pressão pelos resultados irregulares, o São Paulo sofreu com a pressão do River Plate em Buenos Aires. No entanto, com a marcação bem postada e a eficiência nas bolas paradas, o representante brasileiro abriu o placar, justamente por intermédio de um dos atletas mais questionados.
Aos 17min, depois de sobra na entrada da área, Paulo Henrique Ganso acertou um belo chute de canhota, sem chances para Barovero. Foi a terceira partida consecutiva com gol do camisa 10, algo nunca antes alcançado pelo meia-atacante desde a estreia pelo clube do Morumbi.
AH, DÊNIS…
Quando o São Paulo parecia acertar a marcação e neutralizar o jogo do River Plate, Denis falhou. E errou de uma maneira bizarra.
O relógio apontava 32min, quando o clube argentino teve um escanteio a favor. O goleiro são-paulino, sem qualquer pressão, socou a bola, mas contou com um azar raramente visto nos gramados mundo afora.
A bola tirada por Denis bateu na cabeça de Thiago Mendes, tomou a trajetória contrária e encobriu o goleiro do time tricolor. Um gol achado pelo River Plate, que terminou melhor a primeira etapa.
ARBITRAGEM CASEIRA?
O São Paulo deixou o gramado do Monumental de Nuñez revoltado com a arbitragem do chileno Julio Bascuñán. O zagueiro Lugano, por exemplo, saiu do campo de defesa junto ao árbitro para questionar pelo menos duas decisões.
Ambas envolveram o atacante argentino Jonathan Calleri. Na primeira, o camisa 12 foi derrubado próximo à área, quando possuía grandes chances de balançar as redes. Já perto do fim da primeira etapa, o centroavante roubou a bola do goleiro Barovero e caiu na área, reclamando de pênalti.
Em ambas, o juiz chileno deu lance para o River Plate, para revolta dos são-paulinos em campo, na arquibancada e em frente aos televisores.
D’ALESSANDRO
A marcação bem postada do São Paulo minou o River Plate durante o segundo tempo do confronto. A equipe argentina rodava, rodava, rodava e não encontrava uma solução para invadir a área dos brasileiros.
Para solucionar a falta de criatividade, Marcelo Gallardo recorreu a um velho conhecido dos brasileiros: o meia Andrés D’Alessandro, ex-Internacional.
Dos pés do veterano de 34 anos saiu a grande chance do River Plate. D’Ale acertou um cruzamento fechado e obrigou Denis a se esticar todo para evitar o gol. O meia ainda tem muita lenha para queimar.
PRÓXIMO DESAFIO
Depois de encarar um duríssimo compromisso no Monumental de Nuñez, Edgardo Bauza e companhia possuem um novo desafio no final de semana. No domingo, a partir das 11h (de Brasília), a equipe tricolor encara o arquirrival Palmeiras, no Pacaembu, em duelo pela nona rodada do Campeonato Paulista.
O próximo duelo pela Copa Libertadores está marcado para a próxima quarta-feira, às 19h30, contra o Trujilano, lanterna do grupo sem qualquer ponto somado, na Venezuela. Neste caso, a pressão da vitória cai toda sobre o São Paulo.
FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 1 X 1 SÃO PAULO
Local: Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina
Data: 10 de março de 2016, quinta-feira
Horário: 19h30 (de Brasíli)
Árbitro: Julio Bascuñan (CHI)
Auxiliares: Francisco Mondria e Marcelo Barraza (ambos do CHI)
Cartões amarelos: Mammana, Fernández (River Plate); Hudson, Calleri, Maicon, Lugano, Bruno, Ganso (São Paulo)
GOLS:
RIVER PLATE: Thiago Mendes, contra, aos 32 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Ganso, aos 17 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Lugano, Maicon e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Centurión (Michel Bastos), Ganso e Carlinhos (Mateus Caramelo); Calleri (Alan Kardec)
Técnico: Edgardo Bauza
RIVER PLATE: Barovero; Mercado, Mammana, Vega e Vangioni; Fernández, Ponzio (D’Alessandro), Domingo e Driussi (Martínez), Mora e Alario (Alonso)
Técnico: Marcelo Gallardo
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