Oswaldo “é um dos monitorados” pelo Comitê Gestor

O Santos admitiu publicamente estudar o retorno do técnico Oswaldo de Oliveira, recém-demitido do Palmeiras . O presidente do clube, Modesto Roma Júnior, afirmou que o treinador que comandou o próprio Santos no último ano, entre janeiro e setembro, “é um dos monitorados” pelo Comitê Gestor, mas que qualquer decisão ainda será tomada com cautela. Marcelo Fernandes, que chegou ao sexto jogo sem vencer na quarta-feira com o empate por 2 a 2 contra o Atlético-MG, está ameaçado no cargo.

 “De fato o Oswaldo é um dos treinadores que monitoramos, sim. É um dos, isso posso dizer, mas não houve contato nenhum. Precisaríamos, logicamente, saber de suas condições e ter cautela antes de tomar qualquer decisão”, disse o mandatário ao Terra .

Oswaldo teve a sua demissão contestada no clube por torcedores e até parte do elenco. Ele foi preterido pela antiga diretoria, encabeçada pelo ex-presidente Odílio Rodrigues. O principal entrave seria uma readequação salarial já que o treinador ganhava R$ 400 mil mensais, enquanto o Santos estabeleceu R$ 200 mil de teto salarial. Fernandes recebe R$ 25 mil.

O experiente treinador comandou o time em 44 oportunidades em sua segunda passagem pelo Santos . Foram 25 vitórias, nove empates e 10 derrotas, sendo que foi vice-campeão paulista. O técnico já tinha passagem pelo clube em 2005, quando também foi demitido.

A interrupção repentina da terceira passagem, que durou 237 dias, de Oswaldo de Oliveira pelo Santos foi motivada pelo acúmulo de desgostos do Comitê Gestor do clube com o treinador. A gota d’água foi a interpretação de desprestígio ao centroavante Leandro Damião, principal contratação da história do clube, mas passou pela não digestão do vice-campeonato paulista para o Ituano, questionamentos sobre jogos em São Paulo e posicionamentos públicos sobre dificuldades relacionadas ao elenco.

Oswaldo disse ter sido “pego de surpresa” e mandou mensagem indireta sobre o fim do novo ciclo no clube alegando que trabalhava com um planejamento “a médio e longo prazos”.

Marcelo Fernandes, por sua vez, apesar do título paulista, enfrenta pressão, mas deve ser mantido no cargo, ao menos até o clássico contra o Corinthians , no próximo dia 20.

Nomes como o de Gilson Kleina e Guto Ferreira, sugerido nos bastidores, causaram rejeição aos santistas. Marcelo Oliveira, por sua vez, bicampeão com o Cruzeiro , tem pedida superior ao teto salarial do clube e está próximo de ser anunciado pelo Palmeiras .