Presidente da Gaviões pede paz no clássico, mas organizada fala em vingança
A ordem de “vingança” é naturalmente associada com a rivalidade entre Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde
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A ordem de “vingança” é naturalmente associada com a rivalidade entre Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde
Em um discurso diante da quadra lotada, o presidente da Gaviões, Wagner da Costa, conhecido como “BO”, pediu que os afiliados da torcida se comportem neste domingo, quando irão pela primeira vez como visitantes ao Allianz Parque no clássico contra o Palmeiras. Horas depois, porém, um grupo de cerca de cem pessoas, todos uniformizados, gritaram “vingança” na porta do Parque São Jorge.
Embora não tenha havido nenhuma menção direta, a ordem de “vingança” é naturalmente associada com a rivalidade entre Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde, a organizada do Palmeiras. Nos últimos anos, as duas facções passam por uma escalada de ódio que resultou em algumas mortes dos dois lados – a mais recente teria sido a de um torcedor alvinegro há cerca de duas semanas.
O clima de vingança foi um dos motivos que fizeram o Ministério Público pedir a presença de torcida única no clássico deste domingo, o primeiro na casa palmeirense após a reforma. Em uma das entrevistas que concedeu ao longo dos últimos dias, o promotor Roberto Senise, um dos responsáveis pelo tema no órgão, relembrou que na semana passada as organizadas do Corinthians tinham cantado, no Itaquerão, uma música em que ameaçavam “matar os porcos”.
A perspectiva de confronto ganhou novos capítulos neste sábado, na eleição presidencial do Corinthians, que ocorre no Parque São Jorge. Pela manhã, um grupo de torcedores organizados protestou na porta do clube e chegou a ameaçar invadir o local. No começo da tarde, cerca de cem pessoas, quase todas com camisas alusivas à Gaviões da Fiel, gritaram por “vingança”.
O clima beligerante destoa do discurso feito por BO na última sexta, no ensaio da Gaviões para o Carnaval em sua quadra no Bom Retiro. Diante de grande público, Wagner da Costa elogiou a postura de Mário Gobbi, que conseguiu garantir a presença da torcida alvinegra no clássico, e pediu bom comportamento aos afiliados.
“O que eu falo, família, é que eles querem no domingo que a gente chegue, quebre cadeira, que tenha confusão na cidade inteira. O pedido que eu faço é que a gente faça o trajeto de ida e volta, que não aconteça nada. E digo mais, se for necessário recolher o lixo daquilo lá… Porque vamos chegar em um chiqueiro, mas porcos nós não somos”, disse BO, em vídeo divulgado pela equipe de comunicação da organizada neste sábado.
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