Clube chegou a ser intimado pelo Ministério Público por irregularidades 

Uma divergência quanto ao esquema de segurança em São Januário nos dias de jogos fez o presidente do , Eurico Miranda, disparar e fazer duras críticas contra o comandante do Gepe (Grupamento Especial de Patrulhamento de Estádios, órgão da Militar), o tenente-coronel João Fiorentini. O dirigente cruzmaltino apareceu de surpresa na sala de imprensa do clube, após o treinamento deste sexta-feira, e demonstrou toda a sua insatisfação com a situação.

O Gepe fez um pedido para que o Vasco coloque “stewards” (seguranças particulares, como aconteceu na Copa do Mundo) para fazer a nas cadeiras sociais do estádio. Na última semana, por ordem de Eurico, foram retirados os vidros que separavam as cadeiras do gramado de São Januário, que atrapalhavam a visão dos torcedores. No jogo de quinta-feira contra o Resende, dez homens trabalharam fazendo a segurança na área social, mas o Gepe quer mais 20 stewards dentro de campo.

“Não contratei stewards, mas coloquei seguranças em toda a área sentados ali. Se colocasse o que ele (Fiorentini) quer, os stewards dentro de campo, a reação é a de correr atrás de um torcedor dentro do campo, não de impedir, como fizemos. Mas o que ele quer é criar um confronto. E se tem uma coisa que nunca admiti, e no dia que admitir isso não fico mais um dia no Vasco, é essa tentativa de ingerência no Vasco, de controlar a social do Vasco. No meu entendimento, ele está extrapolando as suas funções”, afirmou Eurico, que ainda se defendeu sobre a relação do Vasco com as torcidas organizadas e atacou novamente o comandante do Gepe.

“Não sei se é fruto do fato de eu não dar os ingressos, e estão acontecendo manifestações (de torcidas organizadas), leva a ele fazer relatórios absolutamente falsos daquilo que vem acontecendo no estádio”.

Por causa de ocorrências na partida contra o Bangu, no dia 28 de fevereiro em São Januário, o Vasco recebeu uma intimação do Ministério Público, citando fatos como uma pessoa ingerindo bebida alcoólica e 167 torcedores que teriam entrado no estádio sem ingresso.

“Eu recebi a intimação e vou responder item por item, como é obrigação, às indagações do Ministério Público. Mas ele ficou procurando. Especificamente, no jogo contra o Bangu, disse que entraram 160 pessoas sem ingresso. Primeiro que não é competência dele. Segundo que isso aqui não é só um estádio de futebol. Tenho atletas residentes, devidamente identificados, funcionários. Ele se deu ao luxo de contar, para dar a entender que estamos agindo erroneamente”, rebateu Eurico Miranda.