‘Não há corrupção no futebol’, afirma Joseph Blatter

A seis meses de deixar a presidência da Fifa, dirigente suíço negou irregularidades

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A seis meses de deixar a presidência da Fifa, dirigente suíço negou irregularidades

O presidente da Fifa Joseph Blatter, que deixará o cargo em fevereiro de 2016, depois da eclosão do escândalo de corrupção que envolve dirigentes da entidade, concedeu nesta segunda-feira entrevista à emissora britânica BBC. O dirigente suíço negou participação nos casos investigados pelo FBI e defendeu a Fifa. “A instituição não é corrupta. Não há corrupção no futebol, e sim nos indivíduos. São as pessoas. Sei o que fiz e o que não fiz. Tenho minha consciência e sei que sou um homem honesto. Estou limpo”, disse Blatter, de 79 anos.

No cargo desde 1998, Blatter anunciou sua renúncia quatro dias após ser reeleito, no fim de maio, após a prisão de sete executivos de altos cargos da Fifa. “Fiz isso porque queria proteger a Fifa. Eu posso proteger a mim mesmo, sou forte o suficiente.” O dirigente acrescentou que não se sente “moralmente responsável” pelos atos de dirigentes como o americano Chuck Blazer, que admitiu ter recebido propinas relacionadas à Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e aceitou colaborar com a Justiça americana em 2011 para evitar a prisão.

Perguntado sobre as possíveis irregularidades na escolha da África do Sul, Blatter ficou surpreso. “A Copa de 2010 foi a mais limpa já realizada”, disse, antes de afirmar que não falaria mais sobre o assunto. “Só quero dizer que os que foram presos em Zurique foram detidos por delitos cometidos em suas federações, não na Fifa”, finalizou, bastante irritado. Blatter assegura que a Fifa foi a “parte que sofreu” por causa desses escândalos, apesar de acreditar que a entidade irá se reerguer depois da onda de acusações contra alguns de seus integrantes.

 

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