Mudança na CBF: entidade impõe limite de só uma reeleição

Marco Polo Del Nero assumiu o poder em abril deste ano e sua atual gestão terminará em 2019

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Marco Polo Del Nero assumiu o poder em abril deste ano e sua atual gestão terminará em 2019

Uma das mudanças no estatuto da CBF aprovada em assembleia geral extraordinária,  na manhã desta quinta-feira (11),  no Rio de Janeiro, estabelece que, a partir de agora, o presidente da entidade poderá ter direito a apenas uma reeleição.  Ou seja, como Marco Polo Del Nero assumiu o poder em abril deste ano e sua atual gestão terminará em 2019, ele ainda poderia ficar na presidência da CBF até 2023. O dirigente,  no entanto,  enfrenta séria crise com escândalos de corrupção que atingem em cheio a CBF e há no meio esportivo quem aposte em sua renúncia.

A “modernização” do estatuto da CBF não é extensiva às federações. Mas a entidade que controla o futebol fez uma recomendação na assembleia para que as federações sigam o modelo e estabeleçam em seus estatutos o direito a apenas uma reeleição. “Todos vão seguir isso. Se eles aprovaram a medida unanimemente na CBF,  por que não fariam o mesmo em seus redutos?”, comentou o secretario geral da CBF,  Walter Feldman.

Ele contou que seria “antidemocrático” a CBF impor a decisão às federações. “Elas têm autonomia. Mas todos entenderam o recado e estão de acordo”, alegou.

De acordo com o presidente da federação do Paraná, Helio Cury, o caminho é irreversível. “No meu Estado, fizemos essa mudança em 2008”, lembrou.

Já o recordista de mandatos entre as federações, Zeca Xaud, de Roraima,  há 41 anos no poder,  não passou no hall do prédio da CBF, onde estava a imprensa, para falar do assunto. Xaud assumiu a federação quando tinha 29 anos. Hoje, aos 70 anos, se orgulha de ser o dirigente esportivo brasileiro há mais tempo em um mesmo cargo.

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