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Movimentos sociais marcham pela BR-163 rumo a Capital

São cerca de mil marchantes
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São cerca de mil marchantes

Na data simbólica de 1° de maio em que trabalhadores de todo o país comemoram o seu dia e lutam pelos seus direitos, os movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul se uniram na “Marcha da Classe Trabalhadora do Campo e da Cidade” rumo a Campo Grande, em defesa de seus direitos e em luta por um Brasil mais justo e solidário.

São cerca de mil marchantes que estavam concentrados desde quinta-feira (30) à tarde nas imediações de Anhanduí. Nesta sexta-feira de manhã o grupo, formado por integrantes do Moimento Sem-Terra e indígenas, tomou a rodovia em protesto pela exigência da reforma agrária, demarcação de terras indígenas 3 contra a retirada de direitos dos trabalhadores e outras pautas dos movimentos.

A previsão de chegada da marcha na entrada da capital é de segunda-feira (4). Durante esse período os marchantes seguem pela BR-163 pela manhã e nas tardes param em acampamento que serão montado na beira da rodovia. Na terça-feira (5), às 9h, irá acontecer um grande ato de encerramento das atividades, na praça central de Campo Grande, a Ary Coelho.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de MS (MST/MS), o momento é de união e luta da classe trabalhadora do campo e da cidade. “Nosso principal objetivo é marchar rumo aos nossos direitos e chamar a atenção de toda a sociedade para o que estamos assistindo hoje, como um Congresso conservador e reacionário, que tem como principal objetivo a retirada de direitos trabalhistas e a concentração de capital nas mãos de poucos. Nós, povo da terra, estamos aqui hoje lutando pela reforma agrária popular que sonhamos, que em MS, por exemplo, está paralisada há mais de cinco anos”, disse.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores de MS (CUT/MS), Genilson Duarte, a marcha mostra que a unidade faz a luta. “Unidos em prol de uma causa única, seguiremos em fileiras até Campo Grande, apoiando os companheiros que lutam pela Reforma Agrária e somando na batalha que está travada contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, como o Projeto de Lei 4330 que regulamenta a terceirização, rebaixa salários, acaba com conquistas importantes e precariza o trabalho no país”, afirma.

Para a vice-presidenta da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, Sueli Veiga Melo, o dia primeiro de maio em MS está marcado por luta e não por comemorações. “No atual cenário não temos muito o que comemorar, temos mesmo que lutar, os valores estão totalmente invertidos, um exemplo disso, é que enquanto uns pedem a volta do regime militar e são ovacionados, os professores estão batalhando por seus direitos no Paraná e foram espancados em praça pública, proibidos de entrar na Casa do Povo, a Assembleia Legislativa, para acompanhar uma votação de seus projetos”, ressalta.

Os indígenas também estão presentes na marcha, reivindicando a retomada de seus territórios e protestam contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 215, que atribui competência exclusiva ao Congresso Nacional no que diz respeito à demarcação de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação.

 

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