Danilo deu a vitória ao Timão no clássico marcado por confusões fora dos gramados

A única torcida a comemorar no Palestra Itália neste domingo foi a do . Mesmo com a expulsão do goleiro Cássio no início do segundo tempo, a equipe alvinegra sustentou a vantagem construída com gol de Danilo antes do intervalo e derrotou o em sua própria e modernizada casa, a qual o time de Itaquera não visitava desde a década de 1970.

Com essa casa bem arrumada – ao menos por dentro, já que o entorno do estádio havia se tornado uma praça de guerra instantes antes do apito final -, o Palmeiras iniciou bem o jogo. Aparentemente mais ligado do que o adversário, o mandante rapidamente construiu a primeira boa jogada. Aos dois minutos, Allione costurou a defesa pelo lado esquerdo e cruzou para Leandro Pereira se antecipar a Gil e desviar para fora.

O domínio palmeirense foi se desfazendo aos poucos. Aos dez minutos, o Corinthians já tinha equilibrado as ações e também rondava a área ofensiva. Cinco minutos depois, em forte arremate do lateral direito Edílson, Fernando Prass espalmou para o lado direito e viu Guerrero, livre de marcação – mas impedido -, concluir para a rede. O assistente percebeu a condição irregular, e o árbitro invalidou o que teria sido o primeiro gol do Derby no reformado estádio.

Também não foi dos pés do corintiano Bruno Henrique, que não venceu Fernando Prass e a trave direita, nem do palmeirense Vitor Hugo, que obrigou Cássio a prensar a bola também contra a trave para impedir que ela entrasse. Mas começou, sim, nos pés do próprio Vitor Hugo a jogada que abriria o placar. Aos 32 minutos, o zagueiro recuou com pouca força para Fernando Prass. Petros ficou com a bola e a rolou para Danilo, de carrinho, balançar a rede.

O golpe não foi bem absorvido pelo Palmeiras. Melhor para o Corinthians, que quase ampliou a vantagem aos 39 minutos. Após cobrança de falta de Edílson com efeito, Danilo desviou de cabeça rente à trave esquerda de Fernando Prass. O último susto para a torcida palmeirense na primeira etapa foi outro recuo perigoso de Vitor Hugo, desta vez de cabeça, bem efetuado.

No intervalo, Oswaldo de Oliveira atendeu aos pedidos da torcida e colocou Dudu no lugar de Maikon Leite. Mas foi outra alteração que definitivamente mudou o jogo: Walter, goleiro reserva do Corinthians, substituiu Guerrero após expulsão de Cássio por cera – o camisa 12 recebeu amarelo no começo do segundo tempo, insistiu em retardar a reposição de bola e acabou levando o vermelho. Imediatamente, o treinador palmeirense também tirou o volante Amaral para pôr Alan Patrick.

Com um a mais, o Palmeiras teve a bola, porém somente a agilidade de Dudu não bastava. Tanto que, aos 32 minutos, o Corinthians só não fez o segundo porque, depois de atravessar todo o campo, Mendoza parou no braço de Fernando Prass. A melhor chance palmeirense saiu três minutos depois. Lucas recebeu cruzamento com liberdade e, cara a cara com Walter, finalizou no pé esquerdo do reserva corintiano. A partir daí, foi só desespero. Da torcida mandante.