CBF voltará a usar laboratório da UFRJ para testes antidoping
A informação é do presidente da Comissão Nacional de Controle de Dopagem da CBF
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A informação é do presidente da Comissão Nacional de Controle de Dopagem da CBF
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) voltará a fazer os testes antidoping no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD/Ladetec), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio. A informação é do presidente da Comissão Nacional de Controle de Dopagem da CBF, Fernando Solera.
O médico explicou que a escolha do local onde são feitos os exames passa pelo aval da Fifa (Federação Internacional de Futebol) e pela diretoria da entidade brasileira. Como o laboratório é bem equipado, ele não tem dúvida de que os exames de atletas que participam de competições sob a responsabilidade da CBF serão novamente serão feitos no Brasil.
Até o Ladetec ser descredenciado, em agosto de 2013, pela Agência Mundial Antidoping (World Anti-Doping Agency – Wada, na sigla em inglês), por falhas nos exames de controle de dopagem, era para lá que a CBF encaminhava as amostras. Com a suspensão, a entidade fechou contrato com laboratórios da Suíça, Colômbia e Estados Unidos.
Segundo Fernando Solera, a CBF realiza, em média, 7 mil análises de diversas competições, entre elas os campeonatos regionais, Brasileiro, Sul-americano, Copa do Brasil e Taça Libertadores. “Uso três laboratórios, porque nenhum deles conseguiu fazer todas as minhas amostras”, informou.
Para o médico, não é lógico romper contratos com os atuais laboratórios, que vão até janeiro. Adiantou, no entanto, que não há empecilho para que algumas amostras possam começar a ser encaminhadas ainda este ano para o Ladetec. De acordo com Solera, para não prejudicar a volta do funcionamento do laboratório nacional, o melhor é aumentar gradativamente o número de amostras encaminhadas.
Ele explicou que, para o laboratório e para a CBF, será mais saudável iniciar com 200 amostras neste mês, 300 no mês que vem até atingir 400 amostras em dezembro. “Em janeiro, quando começarem os campeonatos regionais e o Brasileiro de 2016, entraremos com todas as amostras. Penso que é uma atitude mais cautelosa”.
Solera esclareceu que a CBF apoiará o laboratório brasileiro, porque será “mais tranquilo trabalhar com o laboratório dentro do Rio de Janeiro. É um laboratório que conheço o gestor”, explicou. Acrescentou que o retorno do Ladetec era o que faltava para reforçar a presença do Brasil nesta área. “Se for pesquisar no mundo, só faltava isso para o Brasil ser transformar na maior expressão em doping do mundo. O Brasil é o país que mais faz controle antidoping no mundo.
Fernando Solera disse que o Brasil está acostumado a fazer o controle de forma muito técnica. Segundo ele, os procedimentos adotados para a Copa do Mundo de 2014 passarão a ser normas para os próximos torneios. “Nas próximas Copas do Mundo, além dos médicos, a equipe local de acompanhantes e oficiais é que trabalhará nos controles. Então, o legado foi ao contrário. “
Secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurélio Klein informou que a ABCD programou para este ano 2,5 mil testes no Ladetec, entre eles análises de atletas que participarão dos eventos-teste, que começam em agosto, e Jogos Olímpicos de 2016. “São 36 eventos com controle de dopagem da ABCD.”
A ABCD criou o Grupo Alvo de Testes, composto por 200 dos principais atletas do Brasil. Segundo o secretário, a ideia é garantir uma disputa limpa nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e não registrar casos de doping entre os brasileiros que participarem das competições. “Os atletas escolhidos serão controlados a partir de agora tantas vezes quanto necessário.”
Marco Aurélio destacou que, desde a reacreditação do laboratório pela Wada, em 13 de maio deste ano, mais de 300 testes já foram realizados. Em 2013, o Brasil realizava mais de 900 testes, sem contar os relacionados ao futebol. Agora eles passarão a ser feitos de maneira mais completa.
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