CBF decide afastar José Maria Marin após prisão do ex-presidente na Suíça

Entidade vai reanalisar contratos vigentes e diz que segue recomendação da Fifa

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Entidade vai reanalisar contratos vigentes e diz que segue recomendação da Fifa

Em comunicado na noite desta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu afastar o vice-presidente José Maria Marin, preso de manhã em Zurique, envolvido em esquema de corrupção na Fifa. Além disso, a CBF garantiu que vai reanalisar os atuas contratos vigentes e remanescentes da instituição.

– Oferecer o adequado desdobramento à determinação da Fifa e afastar o Sr. José Maria Marin do seu quadro diretivo até a definitiva conclusão do processo – diz um trecho do comunicado.

Mais cedo, a entidade máxima do futebol mundial baniu provisoriamente Marin e outros 10 membros por conta da investigação realizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O órgão estadunidense divulgou um documento de 164 páginas em que detalha acusações feitas aos dirigentes da Fifa presos em Zurique. Suborno, lavagem de dinheiro, fraude, obstrução de justiça estão listados na investigação. O ex-presidente da CBF é acusado de vários crimes, o principal deles de receber suborno em duas negociações.

A primeira delas é referente às próximas quatro edições da Copa América e envolve a Datisa, empresa criada em 2013 para, de acordo com o documento, pagar as propinas. Nessa acusação, a empresa pagaria até US$ 110 milhões em subornos (cerca de R$ 340 milhões) para garantir os direitos da competição até 2023.

O envolvimento de José Maria Marin no recebimento de propina também estaria ligado à competições nacionais. No capítulo “Esquema da Copa do Brasil”, o relatório detalha diversos personagens pelas alcunhas de “Co-Conspirador” – com uma listagem total de 16. Apenas dois deles foram identificados: Chuck Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e José Hawilla, dono da Traffic.

Confira a íntegra o comunicado da CBF:

1) Oferecer o adequado desdobramento à determinação da Fifa e afastar o Sr. José Maria Marin do seu quadro diretivo até a definitiva conclusão do processo;

2) Tornar pública a decisão, previamente tomada no início desta gestão, de reanalisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores.

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