‘Bipolar’, São Paulo fica no 0 a 0 com a Chapecoense

O empate frustra os planos de Juan Carlos Osorio

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O empate frustra os planos de Juan Carlos Osorio

Bem marcado e com um ânimo menor do que o dos treinos no CCT da Barra Funda, o São Paulo nem passou perto de fazer o gol de número 3000 em sua história com o Morumbi. Diante de uma fraca, porém aplicada Chapecoense, o Tricolor voltou a ser a equipe que não empolga e pouco consegue criar, como apresentado diante de Goiás, Ceará e Santos, comprovando toda sua inconstância no Campeonato Brasileiro. Como resultado, a equipe não saiu do 0 a 0, para revolta dos mais de 16 mil torcedores presentes à casa tricolor.

O empate frustra os planos de Juan Carlos Osorio não só de engrenar uma sequência de vitórias na competição, mas também de manter um padrão de alto nível de atuações. Depois de uma partida primorosa contra o Grêmio, os comandados do colombiano produziram pouquíssimo no ataque e foram incapazes de superar a linha defensiva do adversário. Em alguns vacilos atrás, poderia ter até perdido, mas a boa partida de Rodrigo Caio e Lucão evitou isso.

Impaciente há um bom tempo com a oscilação do time, a torcida não perdoou. Além de sonoras vaias para Wesley e Carlinhos, substituídos no segundo tempo, não segurou os apupos após o encerramento final. Sobrou até para o presidente Carlos Miguel Aidar, que nem compareceria ao estádio devido a uma viagem para o Panamá.

Com o resultado, os são-paulinos alcançam os 42 pontos e seguem vivos na briga pelo G4, apesar da grande chance desperdiçada. A Chape, que já havia deixado claro que buscaria o empate na capital paulista, alcançou os 31 pontos e ganhou uma folga na briga contra o rebaixamento.

Na próxima rodada, os tricolores terão de encarar outra equipe catarinense. No domingo, às 16h, eles encaram o Avaí, na Ressacada. O Verdão do Sul, por sua vez, recebe o Cruzeiro no mesmo dia, mas às 18h30, na Arena Condá.

 

O jogo – Após uma entrada sem grande pompa em meio ao público pouco numeroso presente ao Morumbi, o São Paulo levou a campo o mesmo desânimo que emanava do trânsito paulistano na noite desta quinta. Tanto que, nos primeiros 15 minutos de bola rolando, foram registrados apenas passes errados e lançamentos sem destino.

O lance que inaugurou a categoria de chances de gol foi registrado aos 18 minutos. Wesley recebeu pela direita já dentro da área e tentou cruzamento para Luis Fabiano. Rafael Lima afastou parcialmente, mas ela caiu de novo no pé do meio-campista, que bateu de esquerda. Danilo deu um soco na bola e afastou o perigo.

Depois, aos 25, Rodrigo Caio cortou bem cruzamento pela esquerda e iniciou contra-ataque do Tricolor. Mesmo sem grande velocidade, o time da casa conseguiu trabalhar a bola até Bruno, que levantou na medida para Alexandre Pato. O camisa 7 ganhou pelo alto e cabeceou, mas mandou à esquerda do gol.

O lance de maior perigo, no entanto, foi dos catarinenses, apesar de surgir de pés tricolores. Após mais uma boa recuperação de Rodrigo Caio, Rogério Ceni abusou da displicência para sair jogando e entregou no pé de Tiago Luis, na entrada da área. Sorte dele que o avante, então apelidado de “Novo Messi” pela imprensa espanhola quando surgiu no Santos, bateu mascado e Lucão apareceu para tirar o perigo.

A etapa final, que nada prometia, conseguiu ser muito mais movimentada logo no começo. Após dois bons chutes de Apodi nos instantes iniciais, Osorio viu que o Tricolor precisava ao menos de mais vontade em campo. Foi aí que resolveu lançar os rápidos Rogério e Centurión no lugar dos apáticos Carlinhos e Alexandre Pato.

E o time melhorou. Mesmo pecando na parte técnica, o argentino colocou uma correria pelo lado direito e ao menos inflamou a torcida. Como as broncas recebidas a cada treino comprovam, no entanto, o atacante foi incapaz de concluir com qualidade suas boas descidas nas costas do lateral Dener.

Na base da pressão, o Tricolor conseguiu empurrar o adversário para dentro da sua área e abusou das bolas pelo alto, mesmo possuindo apenas Luis Fabiano com bom jogo aéreo. Satisfeita com o empate, a Chape se limitou a afastar o perigo, principalmente pelas mãos do bom Danilo, frustrando os planos tricolores para a noite de quinta.

 

FICHA TÉCNICA

 

SÃO PAULO 0 x 0 CHAPECOENSE

 

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

 

Data: 17 de setembro de 2015, quinta-feira

 

Horário: 19h30 (Brasília)

 

Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)

 

Assistentes: Jesmar Benedito Miranda de Paula (GO) e Evandro Gomes Ferreira (GO)

 

Público: 16.502 torcedores

 

Renda: 393.461,00

 

Cartões Amarelos: Michel Bastos e Luis Fabiano (São Paulo); Danilo e Apodi (Chapecoense)

 

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno, Lucão, Rodrigo Caio e Matheus Reis; Thiago Mendes, Wesley (Auro) e Carlinhos (Centurión); Michel Bastos, Pato (Rogério) e Luis Fabiano

 

Técnico: Juan Carlos Osorio

 

CHAPECOENSE: Danilo; Apodi, Rafael Lima, Thiego e Dener; Elicarlos, Bruno Silva, Gil, Ananias (Hyoran) e Tiago Luís (Tulio de Melo); William Barbio (Camilo)

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