A contratação de funcionários temporários para o fim de ano está em ritmo lento em Campo Grande e só deve movimentar o mercado de trabalho em novembro. Isso porque empresários estão mais cautelosos devido à incerteza do resultado das eleições e à expectativa de mudanças.
“Todos os anos eleitorais esse movimento acontece. O empresário fica preocupado e cauteloso, já que a mudança representa um cenário instável e a classe empresarial fica insegura com a possibilidade de mudanças drásticas, principalmente para fazer investimentos”, explica Renato Paniago, presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).
Sem decisões no primeiro turno, o resultado sobre quem irá governar Mato Grosso do Sul e administrar o Brasil só será conhecido no dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições.
Empresário age com cautela
“O empresário não pode ser imediatista, precisa agir com cautela principalmente no assunto investimento, é por isso que esse cenário acontece sempre em ano eleitoral”, ressalta Paniago.
Apesar da cautela agora, a expectativa dos empresários para o fim de ano é boa, principalmente pela realização da Copa do Mundo, que pela primeira vez acontecerá no fim de ano. Os jogos começam dia 21 de novembro e devem movimentar principalmente comércio, serviços e bares e restaurantes.
Vagas temporárias na Funtrab
Na Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho), há apenas 17 vagas temporárias abertas no momento. Na Funsat, não há vagas temporárias abertas atualmente, a agência de empregos acredita que o mercado está retomando as contratações pontuais, o que pode também explicar a queda nas contratações temporárias, já que elas existem para suprir a falta de colaboradores em datas específicas.
Este ano, até outubro, foram ofertadas 179 vagas temporárias pela Funsat, de 21 empresas. Em todo o ano de 2021, foram 381 vagas temporárias de 89 empresas pela agência de empregos.
“As contratações temporárias tiveram um aumento expressivo durante o auge da pandemia. Nos anos de 2020 e 2021, a abertura de vagas foi muito utilizada nas empresas que precisavam de mão de obra de forma rápida e emergencial para atender à demanda provisória e complementar de colaboradores. Já que a economia estava instável”, disse a Funsat em nota.
