Fabricação de açúcar liderou demissões
O setor industrial de Mato Grosso do Sul voltou a registrar queda na geração de empregos. Levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul) aponta um saldo negativo de 174 vagas em março, resultado, em grande parte, liderado pela fabricação de açúcar, que demitiu 316 trabalhadores.
De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, no mês de março o conjunto das atividades industriais, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, abriu 187 vagas, enquanto no acumulado de janeiro a março o resultado aponta a criação de 1.495 postos de trabalho.
No acumulado do ano, o resultado ainda indica a abertura de 407 postos formais de trabalho e, nos últimos 12 meses, são 8.628 vagas fechadas.
“Agora, o setor industrial do Estado encerrou março com 125.905 trabalhadores empregados. Com esse número, a indústria voltou a apresentar o 3º maior contingente de trabalhadores formais em Mato Grosso do Sul, respondendo por 19,6% de todo o emprego formal existente no Estado, ficando atrás de serviços, que emprega 190.806 trabalhadores e tem participação equivalente a 29,7%, e da administração pública, com 130.366 trabalhadores ou 20,3%”, explica Ezequiel Resende.
Especificações
Em Mato Grosso do Sul, de janeiro a março de 2016, ao todo 85 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, com destaque para construção de edifícios (618), construção de rodovias e ferrovias (363), abate de reses, exceto suínos (186).
Por outro lado, no mesmo período, 103 atividades industriais apresentaram saldo negativo no Estado, proporcionando o fechamento de 2.117 vagas, com destaque para fabricação de açúcar em bruto (316), fabricação de álcool (175), fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado não especificados anteriormente (148).
As cidades com saldo positivo de pelo menos 50 vagas são Três Lagoas (+446), Água Clara (+226), Aparecida do Taboado (+213), Nova Andradina (+114), Juti (+61), Mundo Novo (+58) e Angélica (+51).
Ainda no mesmo período, 28 municípios registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 1.311 vagas. As cidades com saldo negativo de pelo menos 50 vagas são Rio Brilhante (-161), Maracaju (-149), Bataguassu (-145), Ponta Porã (-123), Eldorado (-119), Campo Grande (-101), Costa Rica (-82), Corumbá (-66), Nova Alvorada do Sul (-61), Itaquiraí (-58) e Aquidauana (-50).
