Mercado formal volta a contratar depois de desempenho negativo em outubro

Das 27 unidades da Federação, 14 apresentaram desempenho positivo

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Das 27 unidades da Federação, 14 apresentaram desempenho positivo

O mercado formal de emprego voltou a crescer em novembro, depois de registrar queda no mês de outubro.

Foram geradas 8.381 novas vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – um crescimento considerado modesto, mas que indica que houve uma situação atípica no mês anterior.

A retomada na abertura de vagas foi puxada pelo comércio e pelo Sul do País e pode indicar um volume de desligamentos para dezembro menor que o tradicionalmente registrado.

O anúncio do Caged de novembro foi feito, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em Florianópolis, capital do terceiro estado com o melhor desempenho de geração de novas vagas no País.

Em Novembro, o Rio de Janeiro teve a melhor geração de vagas por estados, com 14 mil novos postos, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São Paulo teve o pior desempenho, com 18 mil vagas a menos puxadas especialmente pela indústria da transformação.

Em geral, segundo o ministro, o mês de novembro apresenta um saldo menor que o verificado em outubro. O total de admissões no mês de novembro atingiu 1.613.006 e o de desligamentos alcançou 1.604.625.

No acumulado do ano, o emprego cresceu 2,31%, representando o acréscimo de 938.043 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 430.463 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 1,05%.

Entre os setores econômicos o Comércio foi o grande destaque, com +105.043 empregos, saldo superior ao ocorrido em novembro de 2013 e a média de 2003 a 2013 (+103.258 e +95.739 postos respectivamente).

O setor de serviços também colaborou, depois de apresentar desempenho tênue em outubro. Foram 29,5 mil novas vagas, contra apenas 2,4 mil no mês anterior.

A Construção Civil, com -48.894 postos teve o pior desempenho do mês, seguido da Indústria da Transformação, com -43.700 postos e da Agricultura, -32.127 empregos.

O desempenho negativo da Indústria de Transformação decorreu da queda no emprego em todos os doze ramos do setor, com quatro deles revelando melhor desempenho em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os maiores recuos foram registrados nos seguintes ramos: Indústria Química (-8.530 postos ou -0,87%, ante -9.592 postos em novembro de 2013), Indústria Têxtil (-7.177 postos ou – 0,69%, ante – 7.246 postos em novembro de 2013), indústria de Produtos Alimentícios: (-6.752 postos ou -0,34%), Indústria de Calçados: (-5.057 postos ou -1,49%, ante 5.208 postos em novembro de 2013) e Indústria da Borracha: (-4.049 postos ou –1,15%).

Na Agricultura (-1,96%) as perdas foram por motivos sazonais. Os ramos que apresentaram as maiores quedas no emprego foram: Cultivo da cana de açúcar: -14.273 postos, Atividades de Apoio à Agricultura: -5.414 postos e Cultivo de Uva: -4.299 postos.

Os ramos que registraram os melhores resultados no emprego foram: Produção de Sementes Certificadas: +1.412 postos e Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente: +1.088 postos

Em termos geográficos, o Sul do País apresentou o melhor desempenho, com 24,2 mil novos postos de trabalho. O impulso também veio do Comércio, com 20,2 mil novas vagas.

O destaque do mês foi o Rio Grande do Sul, com 10,9 mil novos empregos, seguido de Santa Catarina, com 8.4 mil novos postos e do Paraná com 4,8 mil novos postos.

Depois do Sul outro desempenho positivo veio do Nordeste, com 11,2 mil novos postos de trabalho. O melhor Estado foi o Ceará, com 8 mil novos postos de trabalho. Lá também o comércio foi o principal puxador do nível de emprego.

Das 27 unidades da Federação, 14 apresentaram desempenho positivo na geração de empregos. O pior Estado foi São Paulo, com 18 mil vagas a menos e desempenho puxado pela indústria. 

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