Governo do Estado cancela segundo concurso no ano por suspeita de irregularidades

Menos de dois meses após a suspensão do concurso da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (Sefaz-MS), o governo do Estado suspendeu as provas para procurador-geral do Estado (PGE-MS), com salários de mais de R$ 20 mil.

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Menos de dois meses após a suspensão do concurso da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (Sefaz-MS), o governo do Estado suspendeu as provas para procurador-geral do Estado (PGE-MS), com salários de mais de R$ 20 mil.

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul cancelou nesta quarta-feira (9) o concurso para procurador-Ggeral do Estado. O anúncio foi feito por meio de decreto no Diário Oficial de hoje.

O cancelamento, segundo o decreto, foi feito para manter a defesa da lisura e transparência dos concursos realizados pela administração pública no Estado e também para não restar qualquer dúvida sobre a correta aplicação das provas.

As provas estão sob a suspeita dos candidatos desde a aplicação. Na sala de número 25 do concurso, um dos envelopes veio rasgado do lado, com um espaço de dez centímetros, suficiente para a retirada de uma das provas, conforme denúncia dos candidatos, confirmada pela comissão que aplicou as provas.

Após o impasse, os candidatos reclamaram também do aumento repentino na quantidade de vagas, que de nove passou para 15. A suspeita é de que o aumento beneficiaria algum candidato.

Outro concurso já foi cancelado pelo governo do Estado neste ano. Após a descoberta de que o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul e outro membro da banca examinadora tinham parentes no concurso, as provas para preenchimento de cargos de agentes e fiscais de renda da Secretaria de Estado de Fazenda foram suspensas.

Ainda não há previsão para a aplicação das provas dos dois concursos em Mato Grosso do Sul. O salário para fiscal de renda no Estado é de R$ 10.883,32 e para agentes, R$ 6.661,57. Para procurador-geral, o subsídio é de R$ 20.848,86.

O coordenador da banca do concurso foi procurado pelo Midiamax, mas informou que só substitui o presidente, o procurador-geral do Estado, Rafael Coldibelli Francisco.

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