O ex-presidente argentino Carlos Menem foi condenado esta tarde a sete anos de prisão por contrabando de armas. A ação ocorreu nos anos 1990, quando Menem presidia o país, e envolveu o envio de armamentos para a Croácia e o Equador.

O país europeu estava em guerra civil, decorrente do fim da antiga Iugoslávia. O Equador mantinha uma disputa territorial com o Peru, que derivou em um breve conflito armado e em relação ao qual a própria Argentina foi um dos países mediadores.

Menem, que foi presidente da Argentina de 1989 a 1999, havia sido absolvido em primeira instância em 2011, mas perdeu o recurso na manhã desta quarta-feira, 12, em um julgamento na segunda instância que anulou a decisão inicial.

Horas depois, o mesmo tribunal que o havia absolvido fixou a pena, que precisará ser cumprida em regime fechado. O ex-presidente, que completará 83 anos no próximo mês, é o terceiro ex-chefe de Estado a ser condenado penalmente na Argentina.

Também receberam penas os ex-presidentes militares Jorge Rafael Videla (1925-2013) e Reynaldo Bignone, por violações a direitos humanos.

Menem é senador e para sua prisão é necessária a autorização do Senado. O ex-presidente pode recorrer da decisão junto à Suprema Corte.