A professora Sueli Damasceno, 59 anos, foi uma das contempladas pelo concurso literário nacional “Falando de Amor”.

Por mérito da poesia “Exagerado”, a poetiza foi convidada para participar da 21ª Bienal do Livro, que será realizada entre os dias 12 e 22 de agosto em São Paulo e terá sua poesia publicada em um livro de circulação nacional.

Sueli é natural de Dracena, mas, tem Três Lagoas como sua terra natal. Formada em pedagogia, ela trabalha como professora há mais de 20 anos e despertou para a poesia em 1988, quando apresentou o discurso de formatura de sua classe. “Os professores e colegas de classe começaram a me perguntar se era eu que havia escrito aquele texto. Depois que eu confirmei eles me disseram que eu deveria investir nesta carreira e comecei a escrever”.

Após escutar os colegas e professores, Sueli começou a escrever sobre tudo o que sentia e via. “Eu não digo que é necessário ter uma inspiração para compor um poema, eu escrevo sobre tudo. Eu vejo um casal e escrevo sobre o amor deles, ouso música clássica e começo a escrever”.

Em 2005, a poetiza lançou seu primeiro livro, intitulado “Três Faces da Poesia”, que escreveu junto a outros dois poetas.

EXAGERADO

Para ganhar o concurso, Sueli não precisou falar de algo muito difícil, a poetiza narrou o que os apaixonados fazem para demonstrar o seu amor. “Escrevi que a pessoa foi ao seu estremo, estudou e se esforçar para mostrar a outra pessoa que a ama. Mas, no final, a pessoa perceber que foi exagerada, e diz que bastaria um olhar para a amada perceber tudo aquilo que ele fez e saber que ele a ama”.

Apesar da simples explicação, Sueli não esperava ser uma das contempladas, já que o concurso recebeu mais 1.600 poesias de todo o Brasil e apenas 160 poemas serão publicados.

Foi junto ao carteiro que a poetiza descobriu que havia sido contemplada e convidada para participar da Bienal. “Eu sempre recebo correspondências dos concursos, mas, aquela estava diferente e eu abri na frente do carteiro. Quando li que eu fui uma da contempladas comecei a gritar e até recebi os parabéns do carteiro”.

PROJETOS

Já que a carreira de um escritor é vitalícia, ou seja, não possui tempo para aposentadoria, Sueli já está com o seu segundo livro pronto e precisa apenas de um patrocínio para lançá-lo. “Este livro se chama Castela de Poesia e será divido, porque também terá crônicas. Nesta obra eu falo do amor, saudades, vida, de vários assuntos, mas, a novidade serão as crônicas, porque trará assuntos atuais, principalmente na área da política”.

A escritora ainda fez questão de falar que será uma obra polêmica, pois as críticas que ela fez aos políticos serão alvo de muitos comentários.

FALTA DE APOIO

Apesar da aptidão para a escrita e de ter sido premiada, Sueli reclama da falta do apoio e diz que não possui condições financeiras para receber o prêmio e participar da Bienal. “Eu participo de concurso literário desde 2001, e sempre recebo certificados. Para que a minha poesia possa ser publicada eu preciso mandar alguns documentos e também comprar um lote de livros, e muitas vezes eu não tenho condições financeiras para isso”.

Além dos custos com a documentação, a professora precisa adquirir um lote de livros no valor de R$ 99, que lhe dá direito á cinco obras com a publicação de sua poesia. A poetiza já procurou apoio em Três Lagoas, mas, não obteve sucesso. Para representar a cidade e participar da Bienal em São Paulo, Sueli precisa de ajuda com os custos da passagem e da estadia, e poderá se comunicar com os patrocinadores pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (67) 3524-3588.