Pular para o conteúdo
Economia

Taxas sobem mais de 15 pontos com risco de gastos públicos maiores

Oficialmente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade
Agência Estado -
(José Cruz, Agência Brasil)

Os juros futuros subiram mais de 15 pontos renovaram por toda a curva no fim da tarde desta quinta, 23, com o mercado embutindo o risco de um novo aumento dos gastos públicos, após notícia da Bloomberg mencionar que o governo avalia medidas para fornecer alimentos com custo reduzido. A discussão foi confirmada por fontes ouvidas pelo Broadcast. Oficialmente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade, mas as taxas não aliviaram e seguiram no nível de 15%. A alta dos rendimentos dos Treasuries também apoiaram o movimento, em dia de volume de negócios mais escasso por conta da agenda esvaziada e na véspera do -15.

As taxas de contrato de Depósito Interfinanceiro (DIs) já subiam desde cedo, mas o estresse maior veio no fim da tarde. Apuração do Broadcast mostra o governo estuda diminuir a distância da produção de alimentos e levar esses alimentos para as redes mais afastadas.

“Acho que essa possibilidade gera um problema de quanto ficaria essa conta de subsídios e, segundo, aumenta o risco de o governo adotar uma posição mais intervencionista na economia”, afirma o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi.

Haddad, por volta das 17h40, mencionou que “ninguém pensa em usar espaço fiscal para esse tipo de coisa (reduzir preço de alimento)”. Segundo ele, subsídios para baixar preços de alimentos é “boataria”. Ainda assim, as taxas se mantiveram nos níveis de 15%, sem denotar alívio.

Saadia, da Nomos, enfatiza que os juros não seguiram a queda proeminente do dólar – que, no piso, chegou a R$ 5,87 – por um “ajuste técnico e acompanhando os Treasuries”. Ele destaca que o volume de negócios foi menor nesta quinta-feira, de modo que “às vezes temos movimentos que foram feitos por apenas um player forte, por exemplo”.

O pico da valorização do real nesta quinta-feira ocorreu após participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O republicano sugeriu uma aproximação entre ele e o presidente da , Xi Jinping. “Não fez preço nos juros, mas em geral a notícia deixa investidores menos tensos em relação às tarifas, que devem ficar abaixo do que foi prometido no palanque da corrida eleitoral”, pondera Saadia.

O sócio e analista da Ajax Asset, Rafael Passos, menciona ainda que “com o IPCA-15 de amanhã e o Copom chegando, faz sentido o mercado ficar em posição mais de hedge”.

A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu para 15,070%, de 14,921% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 15,355%, ante 15,14%, e o para 2029 avançou a 15,205%, de 14,98% no ajuste de ontem.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Zelensky propõe novo encontro sobre cessar-fogo e troca de presos com Rússia

Motorista é preso após acidente com quatro carros no Coophavila

Mirassol atropela o Santos em noite pouco inspirada de Neymar e falhas críticas de marcação

Terminam na segunda inscrições para cursinho pré-vestibular da UFMS

Notícias mais lidas agora

Após sanção dos EUA a Moraes e ‘aliados’, expectativa é por voto de Fux

Morre idosa atropelada na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande

Flávio Bolsonaro pede a Trump suspensão das tarifas, mas apaga post em seguida

Sob vaias, Vasco fica no empate com o Grêmio no Rio e vê pressão aumentar no Brasileirão

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista morre em acidente na Avenida Ceará, em Campo Grande

Bombeiros, Samu e polícia estiveram no local

Loterias

Mega-Sena acumula, mas 60 sul-mato-grossenses acertam quadra

Próximo sorteio será de R$ 33 milhões

Esportes

Ginástica rítmica: Brasil leva ouro inédito na Copa do Mundo, em Milão

Conjunto foi o melhor na disputa geral, com soma de notas em 2 séries

Emprego e Concurso

Abertas inscrições para seleção de administrativos da educação em Corumbá

Vagas são temporárias