Conforme dados da Carta de Conjuntura da Agropecuária, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a produção agrícola total de Mato Grosso do Sul estimada para 2023 é de 70,57 milhões de toneladas, distribuída por 6,97 milhões de hectares.

Dados do LSPA/IBGE (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) de março de 2023 ainda mostram que, em comparação a 2022, há possibilidade de crescimento de 10,51% em relação a produção e 1,32% em relação a área colhida estimada.

Principais culturas

Segundo informações, a dispara em relação à produtividade e deve ficar em 13,12 milhões de toneladas este ano, ocupando uma área de 3.785,50 hectares, representando uma variação em relação a 2022 de 53,58% e 3,63%, respectivamente.

No que diz respeito ao (2ª safra), espera-se uma produção de 10,87 milhões de toneladas (-14,75%) e, para a cana-de-açúcar, um volume de 44,76 milhões de toneladas (+9,83%).

Em termos de proporções, em 2023, as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar possuem uma participação de 54,35%, 33,69% e 9,07%, respectivamente. Em volume de produção, tais participações são de 13,12%, 11,04% e 44,76%, na sequência. Outras culturas abrangem apenas 2,90% em relação a área colhida e 2,34% do volume da produção em 2023.

Na série histórica, considerando o primeiro ano da série da LSPA (2006) em comparação a 2023, os volumes de produção variaram: soja (+215,81%), milho (+371,20%), cana-de-açúcar (+258,86%) e outros (+53,65%).

Renda gerada pelo setor

Já a análise do VBP (Valor Bruto da Produção) da Agricultura aponta a renda gerada pelo setor. Em 2023, o VBP da Agricultura é estimado em R$ 55,78 bilhões, com uma alta de 13,49% frente ao ano de 2022. Considerando o setor agropecuário estadual como um todo, a agricultura responde por 73,59% e, em relação ao ranking nacional, Mato Grosso do Sul se encontra na 7ª posição. Desagregando o VBP pelas culturas, o destaque vai para as colheitas de soja e milho, representando juntas 82,98% do VBP da agricultura.

Pecuária

Na análise da , os bovinos aparecem com 17,61 milhões de cabeças (-2,24%), suínos com 1,77 milhões (+4,46%), aves com 184,64 milhões (+23,77%) e peixes com 1,54 bilhão (-0,47%). Em termos de evolução, a maior variação positiva foi observada para o grupo de ‘Outros', com +38,82% em relação ao mesmo período do ano passado (2022).

Nos últimos 12 meses o rebanho bovino variou em média -0,19% por mês, enquanto o suíno +0,36% e aves e peixes +1,79% e -0,04%, respectivamente.

Municípios

Do ponto de vista regional, alguns municípios se destacam em tamanho e participação dos rebanhos. Confira os principais:

  • Bovídeos: Corumbá (10,92%), Ribas do Rio Pardo (4,45%) e (4,36%)
  • Suídeos: Glória de Dourados (16,48%), Dourados (12,39%) e São Gabriel do Oeste
  • (11,98%)
  • Aves: Dourados (65,98%), Água Clara (10,10%) e Sidrolândia (9,59%)
  • Peixes: Terenos (83,99%), (2,62%) e (2,37%)
  • Ovinos: Corumbá (5,14%), Ribas do Rio Pardo (4,01%) e Bela Vista (3,55%)
  • Equídeos: Corumbá (10,74%), Aquidauana (3,89%) e Campo Grande (3,89%)

Dessa forma, verifica-se a recorrência dos municípios de Corumbá, Campo Grande, Dourados, Aparecida do Taboado, Aquidauana e Ribas do Rio Pardo entre os quantitativos de rebanho entre os grupos de animais no Estado do Mato Grosso do Sul.

Renda para a pecuária

No VBP, o Mapa estima para a pecuária um valor de R$ 20,02 bilhões em 2023, o que representa uma variação de -7,00% comparado com o ano de 2022. Em relação ao setor agropecuário como um todo, a pecuária deve responder por 26,41% do VBP do setor estadual.

No ranking nacional, por sua vez, o Estado ocupa a 8ª posição entre as 27 Unidades da Federação. Entre os componentes do VBP da pecuária, a produção de bovinos é responsável pela maior parte dos valores estimados, representando em 2023 uma proporção de 74,47%.